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ÁGUIA EM TRANSE
Revisão mostra expansão de 4% no terceiro trimestre, mas ritmo deve recuar nos últimos três meses do ano
PIB dos EUA cresce mais que o previsto; confiança sobe
DA REDAÇÃO
A economia norte-americana
cresceu no terceiro trimestre mais
do que havia sido estimado inicialmente. Outra boa notícia ontem foi que as expectativas dos
consumidores do país apresentaram uma recuperação, após cinco
meses consecutivos de queda.
De acordo com números revisados, divulgados ontem pelo Departamento de Comércio dos
EUA, o PIB (Produto Interno
Bruto) cresceu a um ritmo anualizado de 4% entre julho e setembro. A estimativa inicial apontava
uma expansão de 3,1%. No segundo trimestre, a taxa de crescimento foi um anêmico 1,3%.
A revisão para cima reflete as
sólidas vendas do setor automobilístico e uma recomposição dos
estoques da indústria e do comércio. A demanda agregada saltou
3,5% no período, também mais
do que se estimara.
"Os números são respeitáveis",
disse Todd Finkelstein, diretor da
consultoria Boston Advisors.
"Mesmo sem considerar a formação de estoques, a economia deu
sinais claros de vigor."
Ainda assim, para os economistas, a atividade passou por uma
desaceleração nos últimos dois
meses. As estimativas para o crescimento no último trimestre do
ano giram em torno de uma taxa
anualizada de 1,5%.
O relatório do Departamento de
Comércio mostrou uma queda de
0,7% nos gastos das empresas em
equipamentos e instalações. A retração, a oitava trimestral seguida,
demonstra que as companhias
ainda não voltaram a investir no
aumento da produção, o que também deverá impedir uma melhora no mercado de trabalho.
Confiança restaurada?
O Conference Board, grupo privado de pesquisa com sede em
Nova York, informou que o índice de confiança do consumidor
aumentou de 79,6 pontos, em outubro, para 84,1, dando fim a cinco meses seguidos de retração.
Mas o indicador ficou abaixo das
expectativas dos analistas do mercado, que esperavam uma leitura
em torno de 85 pontos.
"A recuperação das expectativas sugere que os consumidores
não esperam uma piora da situação econômica", afirmou Lynn
Franco, diretora de pesquisa do
Conference Board.
O subíndice de condições
atuais, que mede a visão dos consumidores sobre a economia e
suas finanças no momento, cresceu ligeiramente, de 77,2 pontos,
o menor patamar desde o início
de 1994, para 77,6 pontos. O subíndice de expectativas, que diz
respeito à avaliação dos consumidores para os próximos seis meses, saltou de 81,1 pontos para 88,4
pontos.
Já as vendas de casas novas, que
haviam atingido um recorde histórico em setembro, recuaram
4,5% no mês passado.
A bateria de indicadores positivos não surtiu efeito positivo no
mercado financeiro. O Dow Jones
fechou em queda de 1,95%, enquanto o Nasdaq caiu 2,53%.
Com agências internacionais
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