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São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 2003

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Medidas de apoio
O governo definiu ontem medidas de apoio ao setor cafeeiro. Entre elas, a concessão de mais 60 dias para pagar os financiamentos com recursos do Funcafé vencidos ou a vencer até dezembro. Serão prorrogadas também, por 18 meses, as dívidas de estocagem das safras 2000/1 e 2001/2.

Comercialização
O governo definiu, ainda, a liberação de R$ 100 milhões para custeio da safra 2003/4 e a retirada do mercado, por meio de opções, de 1,2 milhão de sacas. Essas medidas permitirão o enxugamento do mercado e a transferência da oferta de 9,5 milhões de sacas para 2005. O impacto financeiro das medidas é de R$ 1,3 bilhão.

Política de risco
Guilherme Braga, do Cecafé, diz que a redução de oferta no mercado deverá elevar os preços internos e reduzir as exportações. Com isso, o Brasil perderia espaço no mercado externo para os países da América Central, que aumentam a oferta neste período.

Café com qualidade
São Paulo conhece hoje à tarde o resultado do concurso feito em nove regiões do Estado para os melhores cafés naturais e para o tipo cereja descascado. Dez lotes foram selecionados e os arremates pelos torrefadores surpreenderam pelos preços atingidos.

Acima do estabelecido
Eduardo Carvalhaes Filho diz que os preços de negociação de ontem só serão conhecidos hoje, mas adianta que todos superaram o mínimo estabelecido -R$ 300 por saca. Esse produto será vendido em supermercados com o controle do Sindicafé.

"Made in Brazil"
Amauri Dimarzio, do Mapa, diz que o governo vai desenvolver um programa específico para facilitar a colocação de produtos do agronegócio brasileiro no mercado externo. Entre os selecionados estão café, soja, suco, açúcar e álcool. O governo quer agregar valor a esses produtos.

Brasil faz falta
Os compromissos de exportação de trigo dos argentinos somam 6,12 milhões de toneladas neste ano, diz o governo, 39% menos do que em 2002. O Brasil, com redução de 6% nas importações, é um dos que contribuem para a queda dessas vendas.

Em queda
Após dez semanas em alta, os preços dos alimentos deixaram de pressionar a inflação dos paulistanos. A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apurou que os alimentos recuaram 0,01% nos últimos 30 dias até 22 deste mês. No início de outubro, os preços registravam alta de 1%.

O que cai
Os pesquisadores da Fipe constataram que as maiores quedas ocorreram entre os produtos industrializados (0,13%) e semi-elaborados (0,22%). Já os "in natura" subiram 0,37% nos últimos 30 dias nos supermercados paulistas.

Nova alta
O quilo do frango vivo subiu para R$ 1,60 ontem nas granjas paulistas. No mês, a alta é de 14,3%. A carne bovina também reagiu, subindo para R$ 61 a arroba para o boi certificado. Já a arroba de suíno recuou para R$ 40, com queda de R$ 3,3% no dia.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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