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MERCADO FINANCEIRO
Taxas futuras fecharam em baixa com investidor projetando corte mais forte na Selic em dezembro
Juros recuam com PIB abaixo do esperado
DA REPORTAGEM LOCAL
As taxas de juros futuros caíram
ontem depois da divulgação do
resultado do PIB no terceiro trimestre, que ficou abaixo do esperado pelo mercado.
Com a economia menos aquecida do que apostavam os analistas,
cresceu a expectativa de que o Copom (Comitê de Política Monetária) irá cortar a taxa básica de juros em mais de 0,5 ponto percentual -que era o consenso do
mercado até o início da semana-
na sua reunião de dezembro.
O contrato DI (que segue os juros das operações interbancárias)
com prazo para janeiro, que reflete as projeções para os juros para
a virada do ano, fechou com taxa
de 16,95%, ante 17% do dia anterior. Foi a primeira vez que a taxa
desse contrato ficou abaixo dos
17%.
A taxa básica de juros da economia (Selic) está atualmente em
17,5% ao ano.
A tendência de queda da inflação em São Paulo, apontada pela
última pesquisa de preços da Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas), também colaborou
para as projeções de juros recuarem.
No contrato DI mais negociado
na BM&F (Bolsa de Mercadorias
& Futuros), com prazo em julho,
a taxa recuou de 16,17% para
16,06%.
Na Bovespa, o resultado do PIB
desanimou os investidores, após
uma manhã histórica. Antes de
completar uma hora de pregão, o
Ibovespa registrava alta de 0,96%,
momento em que cravou 20.001
pontos. Mas aos poucos o pregão
foi perdendo forças para fechar
aos 19.694 pontos, com recuo de
0,58%.
Elétricas
As perdas da Bolsa de Valores
de São Paulo foram puxadas pelas
ações de energia elétrica. O setor
tem vivido um forte sobe-e-desce
nos últimos dias.
As ações com direito a voto
(ON) da Eletrobras e da Light estiveram entre as maiores baixas do
dia, com quedas de 4,% e 3,5%,
respectivamente.
A queda de 0,78% das ações
preferenciais da Petrobras também ajudou a fazer a Bolsa paulista fechar em baixa. Os papéis foram os mais negociados do dia,
com 11,3% do volume girado no
pregão.
O dólar subiu novamente. A
moeda norte-americana encerrou as operações a R$ 2,948, com
alta de 0,44%.
(FABRICIO VIEIRA)
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