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São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Taxas futuras fecharam em baixa com investidor projetando corte mais forte na Selic em dezembro

Juros recuam com PIB abaixo do esperado

DA REPORTAGEM LOCAL

As taxas de juros futuros caíram ontem depois da divulgação do resultado do PIB no terceiro trimestre, que ficou abaixo do esperado pelo mercado.
Com a economia menos aquecida do que apostavam os analistas, cresceu a expectativa de que o Copom (Comitê de Política Monetária) irá cortar a taxa básica de juros em mais de 0,5 ponto percentual -que era o consenso do mercado até o início da semana- na sua reunião de dezembro.
O contrato DI (que segue os juros das operações interbancárias) com prazo para janeiro, que reflete as projeções para os juros para a virada do ano, fechou com taxa de 16,95%, ante 17% do dia anterior. Foi a primeira vez que a taxa desse contrato ficou abaixo dos 17%.
A taxa básica de juros da economia (Selic) está atualmente em 17,5% ao ano.
A tendência de queda da inflação em São Paulo, apontada pela última pesquisa de preços da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), também colaborou para as projeções de juros recuarem.
No contrato DI mais negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), com prazo em julho, a taxa recuou de 16,17% para 16,06%.
Na Bovespa, o resultado do PIB desanimou os investidores, após uma manhã histórica. Antes de completar uma hora de pregão, o Ibovespa registrava alta de 0,96%, momento em que cravou 20.001 pontos. Mas aos poucos o pregão foi perdendo forças para fechar aos 19.694 pontos, com recuo de 0,58%.

Elétricas
As perdas da Bolsa de Valores de São Paulo foram puxadas pelas ações de energia elétrica. O setor tem vivido um forte sobe-e-desce nos últimos dias.
As ações com direito a voto (ON) da Eletrobras e da Light estiveram entre as maiores baixas do dia, com quedas de 4,% e 3,5%, respectivamente.
A queda de 0,78% das ações preferenciais da Petrobras também ajudou a fazer a Bolsa paulista fechar em baixa. Os papéis foram os mais negociados do dia, com 11,3% do volume girado no pregão.
O dólar subiu novamente. A moeda norte-americana encerrou as operações a R$ 2,948, com alta de 0,44%. (FABRICIO VIEIRA)


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