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Bolsa mantém fôlego e sobe
16,7% na semana
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa conquistou ontem
seu terceiro pregão consecutivo de alta. Os ganhos acumulados na semana já alcançam
16,70%, sendo que apenas ontem a Bolsa subiu 4,76%.
Porém, mesmo com essas altas seguidas, o índice Ibovespa
ainda está no vermelho no mês.
Aos 36.469 pontos, registra baixa de 2,11% em novembro. No
ano, a queda está em 42,91%.
Para o câmbio, o dia menos
tenso resultou em uma depreciação de 2,07% do dólar, que
encerrou cotado a R$ 2,275.
O resultado da Bolsa ontem
se apoiou na recuperação das
commodities no mercado internacional. Com o petróleo em
alta de 7,2% em Nova York, para US$ 54,44, as ações da Petrobras estiveram entre os destaques do pregão. O papel preferencial da estatal subiu 5,99%, e
o ordinário, 4,84%.
Mas a ação PN da Petrobras,
que é a mais negociada da Bovespa, terá de atravessar muitos pregões de alta para sair do
vermelho. No ano, a ação acumula desvalorização ainda
muito elevada, de 53,3%.
As companhias siderúrgicas
e mineradoras brasileiras não
ficaram para trás na Bolsa ontem: Gerdau PN se apreciou em
12,33%; CSN ON ganhou
5,39%; e Vale ON, 2,90%.
No setor bancário, destaque
para as altas de Banco do Brasil
ON (9,39%) e Itaú PN (7,33%).
Os mercados nos EUA também tiveram um dia positivo. O
índice Dow Jones subiu 2,91%.
A Bolsa Nasdaq ganhou 4,6%.
A alta das ações americanas
ocorreu mesmo com a divulgação do índice de gastos dos consumidores, que apresentou recuo de 1% em outubro. Outros
indicadores negativos também
foram conhecidos, como a queda de 5,3% nas vendas de novas
casas nos EUA no mês passado,
para o menor nível desde 1991.
De positivo, foi divulgado que
os novos pedidos de seguro-desemprego no país recuaram em
14 mil na última semana.
Hoje, com o feriado do dia de
Ação de Graças nos EUA, o
mercado brasileiro deve ter
pregões bem mornos. A movimentação financeira na Bovespa ontem foi mais forte que a
dos últimos pregões, ao alcançar R$ 4,5 bilhões.
Mesmo com a recuperação
vivida pela Bolsa na semana,
analistas afirmam que é cedo
para contar com uma mudança
de tendência no mercado.
"O mercado deu uma desanuviada com as últimas ações
dos BCs e dos governos. Para a
Bovespa, a recuperação do petróleo também tem sido bastante importante", diz Newton
Rosa, economista-chefe da Sul
América Investimentos.
A divulgação do IPCA-15 ontem não chegou a mexer com o
mercado doméstico. Apesar de
elevado -o indicador subiu
0,49%-, o resultado do índice
de preços ficou dentro da expectativa dos analistas.
"Não acredito que a inflação
nos atuais níveis leve o Copom
a retomar o ciclo de alta da taxa
básica Selic. A manutenção da
Selic em 13,75% é o mais provável para ocorrer na próxima
reunião do Copom", diz Rosa.
No pregão da BM&F, os contratos futuros de juros pouco
oscilaram após o dado de inflação. Para o contrato que vence
na virada do ano, a taxa foi de
13,59% para 13,60%, o que demonstra que a maioria dos investidores conta com a manutenção da Selic em dezembro.
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