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Senado aprova aumento de salário para servidores
Como medida provisória foi aprovada com 20 emendas, agora voltará à Câmara
Impacto será de R$ 1,5 bi neste ano e de R$ 20 bi até 2011, prevê Planejamento; Jucá diz que, mesmo se for aprovada, Lula pode vetá-la
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Senado aprovou ontem,
com 20 alterações (emendas)
ao texto original, a medida provisória nº 441, que reajusta salários de servidores de 46 categorias da União. De acordo com
dados do Ministério do Planejamento, o impacto será de R$
1,5 bilhão neste ano e de R$ 20
bilhões até 2011. Como foi alterada, a medida terá de voltar a
ser apreciada pela Câmara dos
Deputados.
O parecer da MP foi feito pela
senadora Rosalba Ciarlini
(DEM-RN), que é da oposição.
Ela incluiu outras categorias no
texto, como os médicos peritos
e fiscais agropecuários. O líder
do governo no Senado, Romero
Jucá (PMDB-RR), tentou, em
vão, impedir a aprovação de 20
emendas. Todas as votações foram simbólicas, apenas com a
manifestação dos líderes de cada bancada.
"As mudanças não causaram
tanto impacto, mas o governo
sempre se posiciona contra",
disse Ciarlini. "Não tenho nada
contra os médicos peritos. Porém não considero justo que
apenas algumas categorias sejam beneficiadas", disse Jucá.
Anteontem, o plenário do Senado também promoveu duas
alterações (emendas) ao texto
base da medida provisória nº
440, que trata da criação de cargos, aumento de salários e reestruturação de carreiras de servidores do Executivo, cujo impacto é de R$ 1,9 bilhão neste
ano. Agora, a medida provisória
terá de voltar a ser apreciada
pela Câmara.
De autoria do senador Valdir
Raupp (PMDB-RO), a primeira
delas trata da equiparação dos
servidores da Receita Previdenciária aos da Receita Federal. De acordo com a proposta,
todos agora serão tratados como analistas tributários. A
emenda foi aprovada por 41 votos a favor e 8 contra.
Aprovada por votação simbólica, a segunda emenda -de autoria do senador Eduardo Suplicy (PT-SP)- refere-se a um
plano de carreira para os servidores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Jucá afirmou que mesmo que
ambas as alterações sejam referendadas pela Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
poderá vetá-las.
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