São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 2008

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Consumo nos EUA tem a maior queda em sete anos

Novos dados continuam a indicar recessão da economia

DA REDAÇÃO

A economia dos Estados Unidos parece cada vez mais que não conseguirá escapar da recessão, com os novos dados indicando que ela continua em queda, especialmente porque o seu principal motor, o consumo, está em declínio.
O gastos do consumidor caíram 1% no mês passado -a maior queda desde setembro de 2001, quando ocorreram os ataques terroristas contra os EUA e ano da última recessão americana. O resultado não pode ser considerado inesperado, já que grandes redes de varejo anunciaram nos últimos dias quedas expressivas nas vendas em outubro. E, pior, disseram que o cenário nos próximos meses não deve melhorar, indicando um cenário de recessão.
Os dados de confiança do consumidor corroboram a tese das grandes lojas. Eles caíram neste mês para o menor nível em 28 anos -foi o terceiro pior resultado da história da pesquisa, criada em 1952. "Os consumidores foram unânimes em reconhecer que a economia estava em recessão, e quase 3 em cada 4 esperam que a recessão se aprofunde nos próximos meses", afirma um comunicado da Universidade de Michigan.
Principal motor da economia, o consumo representa cerca de 70% do PIB dos Estados Unidos e contribuiu com 2,69 pontos percentuais negativos no resultado do terceiro trimestre, quando houve retração de 0,5% -a maior queda também desde 2001.
Outro dado negativo divulgado ontem foi o das vendas de casas novas, que recuaram 5,3% em outubro na comparação com o mês anterior. Na taxa anualizada, foram comercializadas 433 mil residências no mês passado, o menor número desde 1991 e 40% menos que em outubro do ano passado.
Os pedidos de seguro-desemprego -indicador de como anda o mercado de trabalho- tiveram pequena melhora na semana passada, mas continuam em níveis altíssimos.
Com essa seqüência de dados ruins, os investidores aumentaram a demanda pelos títulos do Tesouro dos EUA. Essa procura fez com que o rendimento dos títulos de dez anos caísse pela primeira vez abaixo de 3%.


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