DA REDAÇÃO

A cantora Björk está procurando investidores para o fundo Audur Capital, que ajudou a criar a fim de ajudar a recuperar a economia da Islândia. O país viu sua economia derreter desde o estopim da crise, em setembro, com a dívida de seus bancos somando nove vezes o PIB de US$ 14 bilhões da ilha do Atlântico norte.
O investimento inicial do fundo, US$ 790 mil, foi feito por Björk, que espera multiplicar o montante por 15 até março. O dinheiro vai financiar negócios e tecnologias ecologicamente corretas.
A crise ganhou graves contornos na Islândia assim que a tormenta de Wall Street abateu a ilha, em meados de outubro. A moeda do país, a coroa islandesa, chegou a perder 25% do valor num só dia e o pregão da Bolsa de Reikjavik foi interrompido. Após o episódio, o primeiro-ministro, Geir H. Haarde, fez um pronunciamento dramático em rede nacional: "Há um perigo real, cidadãos, de que a economia da Islândia, no pior caso, pode ir para o ralo junto com os bancos, e o resultado pode ser uma falência nacional", disse.
O país de Björk é um dos casos mais singulares da crise. A ilha havia se aproveitado do crédito farto que circulou pelo mundo nos últimos anos. Antes amparada na pesca, a economia da ilha voltou-se ao mercado financeiro. Depois de a crise internacional se agravar, o país saiu em busca de socorro e foi acudido pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) para não ir à bancarrota.