São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Perdas causadas por fraudes recuam 23% em 2007, diz Serasa

O montante de perdas decorrentes de fraudes contra empresas caiu 23% no último ano em comparação a 2006. Em 2007, o prejuízo chegou a R$ 119,6 milhões, menor que os R$ 155,5 milhões do ano anterior. As tentativas de fraude, no entanto, aumentaram. Os dados foram apurados pelo sistema antifraude da Serasa.
A Sudeste é a região do país que concentra o maior número de empresas fraudadoras, com 41,2%. Em segundo lugar, vem a Sul, com 23% das praticantes de fraudes.
As tentativas de fraudes tiveram aumento de quase 80%. "Há cinco anos, o crescimento ficava entre 20% e 40%. Agora, está cada vez maior", diz Thais Antoniolli, especialista da Serasa em detecção de fraudes. Segundo ela, este crescimento está associado a vendas de CNPJs "limpos" a empresas "mal-intencionadas". "Isso gera a união de bancos e empresas de telecomunicações, que passaram a fazer compartilhamento de dados sobre empresas não-confiáveis."
As companhias que mais sofrem com as fraudes, no entanto, são de outros setores e, principalmente, aquelas que não usam nenhum tipo de ferramenta de prevenção.
Os segmentos mais atingidos são os de comércios de produtos alimentícios, de confecção, de material de construção, de equipamentos de informática, de autopeças e acessórios, de supermercado e hipermercados. "São produtos de fácil "desova'". Juntos, somam 50% do total de alertas confirmados pela equipe da Serasa.
Outro agravante para o crescimento das perdas com fraudes é a agilidade do golpista. "Eles conseguem modificar o golpe ao longo do tempo."
Há uma série de sinais que as empresas golpistas apresentam em seu comportamento, segundo a Serasa, que podem levantar suspeitas: aumento súbito do volume de consultas, a troca de sócios, de endereço ou de ramo de atividade, e a pressa em fechar o negócio e em retirar as mercadorias. Mas nem toda empresa que apresenta essas características é, necessariamente, fraudadora.

NAVEGAR É PRECISO

A agência BEX Intercâmbio Cultural recebeu, na última semana, o Navio S.V. Concordia, que aportou em Salvador. A embarcação abriga o "Class Afloat", um programa educacional de "intercâmbio em alto mar" para alunos de diferentes países. Parte do ensino médio, o "High School", pode ser cursado a bordo deste cruzeiro internacional, de acordo com Adriana Covelo, diretora regional da empresa em São Paulo. Além do Brasil, a embarcação passa por mais de 20 países, como Polônia, Rússia, Suécia, Dinamarca, Espanha, França, Senegal, Argentina, República Dominicana e Canadá. A BEX Intercâmbio passa a ser a representante do programa no Brasil.

NA LINHA
A Ei Movil, empresa de marketing e entretenimento interativo, e o Disponível.com, site de relacionamento para público gay, se uniram para lançar um serviço de relacionamento gay por celular. A expectativa é que nos primeiros meses de funcionamento a comunidade gere cerca de 450 mil mensagens mensais. Segundo o instituto americano Juniper Research, 40 milhões de pessoas procuram relacionamento por celular no mundo.

EVENTO
A forma de fazer eventos corporativos ainda divide o mercado. Algumas empresas preferem organizar tudo por conta própria e outras passam o encargo para um fornecedor. Atualmente, 56% das corporações preferem o segundo caminho, segundo pesquisa encomendada pelo capítulo brasileiro da MPI (Meeting Professionals International), que será divulgada em março, em seminário em São Paulo. Há oito anos, a maior parte das empresas gerenciava tudo (ver quadro ao lado). Hoje, os que escolhem contratar diretamente todos os fornecedores são 44%. O custo costuma ser a principal justificativa das empresas para gerenciar por conta própria todo o evento.

BILHETERIA
A Ingresso.com, empresa de venda de ingressos pela internet, abrirá pontos de venda em São Paulo, nas Lojas Americanas e Americanas Express.

RISCO
Neste ano, a Módulo, empresa brasileira especializada em gestão de riscos, está com foco na América Latina. A empresa planeja ampliar a sua rede de parceiros no continente.


com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA


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