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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Perdas causadas por fraudes recuam 23% em 2007, diz Serasa
O montante de perdas decorrentes de fraudes contra empresas caiu 23% no último ano
em comparação a 2006. Em
2007, o prejuízo chegou a
R$ 119,6 milhões, menor que os
R$ 155,5 milhões do ano anterior. As tentativas de fraude, no
entanto, aumentaram. Os dados foram apurados pelo sistema antifraude da Serasa.
A Sudeste é a região do país
que concentra o maior número
de empresas fraudadoras, com
41,2%. Em segundo lugar, vem
a Sul, com 23% das praticantes
de fraudes.
As tentativas de fraudes tiveram aumento de quase 80%.
"Há cinco anos, o crescimento
ficava entre 20% e 40%. Agora,
está cada vez maior", diz Thais
Antoniolli, especialista da Serasa em detecção de fraudes. Segundo ela, este crescimento está associado a vendas de CNPJs
"limpos" a empresas "mal-intencionadas". "Isso gera a
união de bancos e empresas de
telecomunicações, que passaram a fazer compartilhamento
de dados sobre empresas não-confiáveis."
As companhias que mais sofrem com as fraudes, no entanto, são de outros setores e, principalmente, aquelas que não
usam nenhum tipo de ferramenta de prevenção.
Os segmentos mais atingidos
são os de comércios de produtos alimentícios, de confecção,
de material de construção, de
equipamentos de informática,
de autopeças e acessórios, de
supermercado e hipermercados. "São produtos de fácil "desova'". Juntos, somam 50% do
total de alertas confirmados
pela equipe da Serasa.
Outro agravante para o crescimento das perdas com fraudes é a agilidade do golpista.
"Eles conseguem modificar o
golpe ao longo do tempo."
Há uma série de sinais que as
empresas golpistas apresentam
em seu comportamento, segundo a Serasa, que podem levantar suspeitas: aumento súbito do volume de consultas, a
troca de sócios, de endereço ou
de ramo de atividade, e a pressa
em fechar o negócio e em retirar as mercadorias. Mas nem
toda empresa que apresenta essas características é, necessariamente, fraudadora.
NAVEGAR É PRECISO
A agência BEX Intercâmbio Cultural recebeu, na última
semana, o Navio S.V. Concordia, que aportou em Salvador. A
embarcação abriga o "Class Afloat", um programa educacional de "intercâmbio em alto mar" para alunos de diferentes
países. Parte do ensino médio, o "High School", pode ser
cursado a bordo deste cruzeiro internacional, de acordo com
Adriana Covelo, diretora regional da empresa em São Paulo.
Além do Brasil, a embarcação passa por mais de 20 países,
como Polônia, Rússia, Suécia, Dinamarca, Espanha, França,
Senegal, Argentina, República Dominicana e Canadá. A BEX
Intercâmbio passa a ser a representante do programa no
Brasil.
NA LINHA
A Ei Movil, empresa de
marketing e entretenimento
interativo, e o Disponível.com, site de relacionamento para público gay, se
uniram para lançar um serviço de relacionamento gay
por celular. A expectativa é
que nos primeiros meses de
funcionamento a comunidade gere cerca de 450 mil
mensagens mensais. Segundo o instituto americano Juniper Research, 40 milhões
de pessoas procuram relacionamento por celular no
mundo.
EVENTO
A forma de fazer eventos
corporativos ainda divide o
mercado. Algumas empresas preferem organizar tudo
por conta própria e outras
passam o encargo para um
fornecedor. Atualmente,
56% das corporações preferem o segundo caminho, segundo pesquisa encomendada pelo capítulo brasileiro
da MPI (Meeting Professionals International), que será
divulgada em março, em seminário em São Paulo. Há
oito anos, a maior parte das
empresas gerenciava tudo
(ver quadro ao lado). Hoje,
os que escolhem contratar
diretamente todos os fornecedores são 44%. O custo
costuma ser a principal justificativa das empresas para
gerenciar por conta própria
todo o evento.
BILHETERIA
A Ingresso.com, empresa
de venda de ingressos pela
internet, abrirá pontos de
venda em São Paulo, nas Lojas Americanas e Americanas Express.
RISCO
Neste ano, a Módulo, empresa brasileira especializada em gestão de riscos, está
com foco na América Latina.
A empresa planeja ampliar a
sua rede de parceiros no
continente.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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