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FRAUDE BILIONÁRIA
Société quer encobrir perdas, dizem advogados de corretor
DA REDAÇÃO
DA FOLHA ONLINE
Os advogados de Jerômé
Kerviel, corretor de Bolsa
acusado de realizar operações fraudulentas que custaram US$ 7,16 bilhões ao banco francês Société Générale,
afirmaram que a instituição
quer, com o caso, levantar
uma cortina de fumaça para
encobrir perdas maiores,
principalmente com créditos
imobiliários "subprime" (de
alto risco) dos EUA.
Eles afirmaram ainda que
o banco liquidou as posições
assumidas por Kerviel nas
operações de forma "precipitada e totalmente anormal".
A promotoria considera o
caso a maior fraude da história do setor bancário atribuída a apenas uma pessoa.
Em um documento divulgado ontem, o Société Générale afirma que Kerviel se
apropriava de senhas de outras pessoas, entrava sem autorização em computadores
e falsificava documentos, entre outros métodos, para fazer operações fraudulentas.
O banco, o segundo maior
da França, negou que tenha
afetado os mercados e acentuado a crise global por conta
da venda das posições assumidas por Kerviel. Apesar de
reforçar a alegação do banco
de que Kerviel trabalhava sozinho, um executivo do banco afirmou ontem que não
pode "garantir 100%" que o
corretor não tinha cúmplice.
Segundo o banco, aparentemente Kerviel não lucrava
com as operações. Ele é acusado de ter apostado mais de
50 bilhões em contratos
futuros de índices de Bolsas
européias, em operações
não-autorizadas, e de ter
criado posições fictícias de
"hedge" para cobrir seus rastros. A prisão preventiva de
Kerviel foi prolongada ontem por 24 horas. O corretor
é interrogado desde o último
sábado na Brigada Financeira da polícia francesa.
Com agências internacionais
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