|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cresce calote de consumidor ao nível de 2002
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A inadimplência dos
empréstimos para pessoas
físicas atingiu o nível mais
alto desde setembro de
2002, de acordo com dados do Banco Central. Em
dezembro, os atrasos de
mais de 90 dias nos pagamentos chegaram a 8,1%
dos empréstimos desse
segmento, ante 7,8% em
novembro. No fim de
2007, eram 7%.
Os números mostram
que o aumento na inadimplência foi mais intenso
entre pessoas físicas do
que com empresas. Nos
empréstimos para pessoas
jurídicas, o nível de atraso
passou de 1,7% para 1,8%
entre novembro e dezembro. O resultado do mês
passado é, aliás, inferior
aos 2% observados em dezembro de 2007.
Os dados se referem às
operações de crédito feitas
com recursos livres. Não
incluem financiamentos
cujas taxas de juros são
controladas pelo governo
-como nos casos do crédito rural, habitacional e dos
empréstimos concedidos
pelo BNDES.
Das quatro modalidades
de crédito para pessoas físicas acompanhadas pelo
BC, duas tiveram alta de
inadimplência entre novembro e dezembro: cheque especial (de 10% para
10,6%) e financiamento de
veículos (de 4,1% para
4,3%). Os atrasos no crédito pessoal ficaram estáveis
em 5,5%, e no crediário
(compra de outros produtos além de automóveis)
houve um recuo de 14,7%
para 13,9%.
Para Bráulio Gomes,
economista da LCA Consultores, o aumento nos
atrasos é um dos motivos
para a recente alta do
"spread" bancário. "Essa
alta está relacionada não
apenas à inadimplência
corrente mas também à
expectativa de que essa
inadimplência vá continuar crescendo. E ela vai
crescer, não tem jeito."
Para Marcelo Moura,
economista do Ibmec São
Paulo, "a inadimplência
no Brasil, dado o "spread"
que se tem, não é excessiva. Um "spread" desses nos
Estados Unidos faria a inadimplência quintuplicar".
Texto Anterior: Montadoras apontam recuperação nas vendas, mas inadimplência bate recorde Próximo Texto: Paulo Rabello de Castro: 2009, o tamanho da encrenca Índice
|