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Supermercados vendem
9% a mais em 2008
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
Apesar da diminuição do
ritmo de crescimento em dezembro, as vendas dos supermercados registraram alta
de 8,98% em 2008 ante
2007, já descontada a inflação, impulsionadas pelo aumento de renda da população na maior parte do ano.
De acordo com a Abras
(Associação Brasileira de Supermercados), a expansão
projetada de 10% nas vendas
em dezembro em relação ao
mesmo mês de 2007 não se
concretizou -o aumento foi
de 6,07% nessa comparação.
Sussumu Honda, presidente da entidade, credita o
desempenho abaixo das expectativas a uma cautela
maior do consumidor na hora de comprar os produtos
para as ceias de Natal e Ano-Novo devido às notícias sobre a crise internacional.
Além disso, segundo o Ministério do Trabalho, foram
fechadas em todo o país 655
mil vagas com carteira assinada no mês passado.
Para este ano, a associação
prevê crescimento de 2,5%
ante 2008 com preços estáveis, crescimento econômico
menor que o do ano passado
e possível aumento do desemprego.
"[O setor de] alimentos
tem oscilações para cima ou
para baixo menores do que
outros segmentos, logo sofre
menos com a crise, mas não
se beneficia tanto nos momentos de crescimento", diz
o consultor especializado em
varejo Eugênio Foganholo,
da Mixxer.
O presidente da Abras
acrescenta que uma das maneiras de aumentar o faturamento é oferecer produtos
mais baratos e acirrar a concorrência com feiras livres,
padarias, açougues e sacolões, por exemplo.
Mesmo com a desaceleração no crescimento, Honda
não prevê demissões neste
ano. O Wal-Mart anunciou
que deve criar 10 mil novos
postos de trabalho neste ano
com aportes de até R$ 1,8 bilhão no país. O Grupo Pão de
Açúcar e o Carrefour não detalharam a quantidade de
empregos que devem ser gerados, mas cada um pretende
investir R$ 1 bilhão.
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