DA FOLHA ONLINE

A inflação ainda dá sinais de resistência à queda. O IGP-M deste mês, calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), ficou em 2,28%, pouco inferior aos 2,33% registrados em janeiro. Foi a maior alta para um mês de fevereiro desde 1999, quando o índice atingiu 3,61%. Na época, o país acabava de passar pela desvalorização do real, ocorrida no mês anterior.
A expectativa é que o índice continue em um patamar pouco acima dos 2% no próximo mês, segundo o economista Salomão Quadros, responsável pela divulgação da taxa. O IGP-M é calculado com base em preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
A desaceleração da taxa em um ritmo menor do que o esperado deve-se a problemas climáticos que afetaram produtos agrícolas no atacado, ao repasse atrasado do dólar para os preços de produtos industrializados e a seus efeitos sobre os preços ao consumidor.
Além disso, o aumento dos combustíveis em janeiro teve impacto tanto na inflação no atacado quanto na do consumidor.
Os preços no varejo, medidos pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor), apresentaram redução no ritmo de remarcação, passando de 2,06% em janeiro para 1,62% neste mês. As altas que mais puxaram o IPC foram as da gasolina (5,33%), do álcool combustível (12,34%) e da tarifa de ônibus urbano (7,09%).
Os preços no atacado aumentaram 2,64% em fevereiro, mais do que os 2,55% de janeiro. No ano, o IGP-M acumula alta de 4,67% e, nos últimos 12 meses, de 30,60%.


Texto Anterior: Curto-circuito: AES propõe adiar pagamento de dívida de US$ 330 mi ao BNDES
Próximo Texto: Reflexo do desejo
Índice