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Empresário busca R$ 400 mil
da Reportagem Local
Na sexta-feira, o industrial gaúcho Ricardo Writh procurou nove
bancos para obter R$ 400 mil. Só
recebeu uma resposta, para R$ 200
mil. Sua empresa não é nova no ramo. Tem 1.250 empregados e exporta R$ 30 milhões por ano.
Com o dólar em alta, esse era um
bom momento para levantar financiamento. O adiantamento pela exportação poderia trazer mais
reais para as empresas, mesmo pagando mais juros do que no passado. Quem consegue financiamento paga entre 10% e 12% ao ano,
contra 8% a 7%, em 1997.
Como os bancos brasileiros e estrangeiros instalados no país não
conseguem captar muito dinheiro
no exterior, os clientes precisam
buscar alternativas. As grandes
empresas negociam com fornecedores ou matrizes no exterior. Pequenas e médias empresas nacionais são as mais prejudicadas.
Uma das alternativas tem sido o
Banco do Brasil. Em fevereiro, o
BB emprestou R$ 518 milhões,
contra R$ 242 milhões em janeiro.
Ainda assim, o aumento só atende
uma parte do mercado.
Depois de muita pressão, o governo está abrindo novas frentes.
A Camex, organismo de apoio ao
comércio externo, e o BNDES devem se reunir com bancos para estudar novas medidas. Segundo especialistas, mesmo com a falta de
crédito, o Brasil deve ter exportar
mais do que importar em 99. As
importações cairão porque ficaram muito caras e as exportações
devem crescer no segundo semestre com a volta do financiamento.
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