São Paulo, domingo, 28 de fevereiro de 1999

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Empresário busca R$ 400 mil

da Reportagem Local

Na sexta-feira, o industrial gaúcho Ricardo Writh procurou nove bancos para obter R$ 400 mil. Só recebeu uma resposta, para R$ 200 mil. Sua empresa não é nova no ramo. Tem 1.250 empregados e exporta R$ 30 milhões por ano.
Com o dólar em alta, esse era um bom momento para levantar financiamento. O adiantamento pela exportação poderia trazer mais reais para as empresas, mesmo pagando mais juros do que no passado. Quem consegue financiamento paga entre 10% e 12% ao ano, contra 8% a 7%, em 1997.
Como os bancos brasileiros e estrangeiros instalados no país não conseguem captar muito dinheiro no exterior, os clientes precisam buscar alternativas. As grandes empresas negociam com fornecedores ou matrizes no exterior. Pequenas e médias empresas nacionais são as mais prejudicadas.
Uma das alternativas tem sido o Banco do Brasil. Em fevereiro, o BB emprestou R$ 518 milhões, contra R$ 242 milhões em janeiro. Ainda assim, o aumento só atende uma parte do mercado.
Depois de muita pressão, o governo está abrindo novas frentes. A Camex, organismo de apoio ao comércio externo, e o BNDES devem se reunir com bancos para estudar novas medidas. Segundo especialistas, mesmo com a falta de crédito, o Brasil deve ter exportar mais do que importar em 99. As importações cairão porque ficaram muito caras e as exportações devem crescer no segundo semestre com a volta do financiamento.



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