São Paulo, domingo, 28 de fevereiro de 1999

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Desemprego atinge segmento mais pobre

da Reportagem Local

"Os pobres, os menos escolarizados, os sem experiência profissional e as trabalhadoras mulheres são os mais afetados (pela crise)", concluem os autores do estudo encomendado pelas Nações Unidas sobre o efeito social da crise.
O documento constata que "a carga da crise tende a ser distribuída de modo desigual". E o problema do desemprego, de todos os efeitos perversos da crise, tende a ser o de mais longo tempo para ser revertido, segundo a análise dos programas de ajuste do FMI.
No caso específico da Coréia, o desemprego aumentou 166% de 1997 para 1998. Mas os malefícios foram ainda mais graves para alguns segmentos da população: cresceu 213% entre os trabalhadores que só cursaram o ensino básico e 265% entre as pessoas com 50 anos ou mais de idade. O trabalho formal foi o mais afetado também: 10% das vagas foram cortadas. Os assalariados informais também perderam 5,6% dos postos de trabalho. As repercussões da crise no mercado de trabalho coreano são importantes porque podem se reproduzir no Brasil -uma vez que a mesma tendência, ainda que em menor grau, existe no país. (JRT)


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