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Números revisados confirmam freada nos EUA
DA REDAÇÃO
A economia dos Estados Unidos sofreu uma forte freada no
quarto trimestre de 2002, devido à
queda nos gastos das famílias e à
retração nas exportações. O Departamento de Comércio informou ontem que o PIB do país
cresceu a uma taxa anualizada de
1,4% nos últimos três meses de
2002, após ter crescido 4% no trimestre anterior.
Os números fazem parte da terceira e definitiva revisão feita pelo
Departamento de Comércio. Não
houve alteração na comparação
com as estimativas divulgadas há
um mês. No ano todo, o crescimento ficou em 2,4%, uma taxa
abaixo da considerada mínima
para criar empregos, mas ainda
assim acima do 0,3% registrado
em 2001.
De acordo com os economistas,
a economia norte-americana precisa crescer ao menos 3% ao ano
para que não ocorra uma deterioração do mercado de trabalho.
O consumo, que compreende
dois terços da atividade econômica do país, cresceu 1,7% entre outubro e dezembro, uma forte desaceleração em relação ao salto de
4,2% do terceiro trimestre. Além
disso, as exportações declinaram
5,8%, enquanto as importações
cresceram 7,4%, substituindo
parte da produção doméstica.
Por outro lado, o investimento
empresarial teve alta de 2,3%, o
primeiro ganho desde o terceiro
trimestre de 2000. Os gastos com
equipamentos e software subiram
pelo terceiro trimestre seguido.
A queda nos investimentos das
empresas precipitou a recessão
iniciada em março de 2001, e por
isso sua recuperação é vista como
crucial para a recuperação de um
crescimento sustentável.
Os empresários aumentaram
seus estoques em US$ 25,8 bilhões, um ritmo acima do trimestre anterior, o que ajudou a impulsionar o PIB.
O relatório do Departamento de
Comércio mostrou que a inflação
está sob controle. O índice de preços ao consumidor, o mais observado pelo Federal Reserve (banco
central do país), subiu a um ritmo
anualizado de 1,8% no quarto trimestre.
Excluindo os voláteis preços de
alimentos e energia, a inflação foi
ainda menor, de 1,5%. Sem a
ameaça inflacionária, o Fed não
precisa se preocupar em elevar os
juros tão cedo.
Com agências internacionais
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