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São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 2003

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Números revisados confirmam freada nos EUA

DA REDAÇÃO

A economia dos Estados Unidos sofreu uma forte freada no quarto trimestre de 2002, devido à queda nos gastos das famílias e à retração nas exportações. O Departamento de Comércio informou ontem que o PIB do país cresceu a uma taxa anualizada de 1,4% nos últimos três meses de 2002, após ter crescido 4% no trimestre anterior.
Os números fazem parte da terceira e definitiva revisão feita pelo Departamento de Comércio. Não houve alteração na comparação com as estimativas divulgadas há um mês. No ano todo, o crescimento ficou em 2,4%, uma taxa abaixo da considerada mínima para criar empregos, mas ainda assim acima do 0,3% registrado em 2001.
De acordo com os economistas, a economia norte-americana precisa crescer ao menos 3% ao ano para que não ocorra uma deterioração do mercado de trabalho.
O consumo, que compreende dois terços da atividade econômica do país, cresceu 1,7% entre outubro e dezembro, uma forte desaceleração em relação ao salto de 4,2% do terceiro trimestre. Além disso, as exportações declinaram 5,8%, enquanto as importações cresceram 7,4%, substituindo parte da produção doméstica.
Por outro lado, o investimento empresarial teve alta de 2,3%, o primeiro ganho desde o terceiro trimestre de 2000. Os gastos com equipamentos e software subiram pelo terceiro trimestre seguido.
A queda nos investimentos das empresas precipitou a recessão iniciada em março de 2001, e por isso sua recuperação é vista como crucial para a recuperação de um crescimento sustentável.
Os empresários aumentaram seus estoques em US$ 25,8 bilhões, um ritmo acima do trimestre anterior, o que ajudou a impulsionar o PIB.
O relatório do Departamento de Comércio mostrou que a inflação está sob controle. O índice de preços ao consumidor, o mais observado pelo Federal Reserve (banco central do país), subiu a um ritmo anualizado de 1,8% no quarto trimestre.
Excluindo os voláteis preços de alimentos e energia, a inflação foi ainda menor, de 1,5%. Sem a ameaça inflacionária, o Fed não precisa se preocupar em elevar os juros tão cedo.


Com agências internacionais


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