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Negócios geraram perda de R$ 200 mi
DA REPORTAGEM LOCAL
Negócios malsucedidos, firmados antes do período ou durante a
fase em que o Bank of America teve 100% de controle do Liberal,
acabaram marcando sua atuação
no país. A lista inclui a Vasco da
Gama Licenciamentos (VGL), a
Terra Encantada e a "Gazeta Mercantil". Sozinhos, esses três negócios significaram perdas que, segundo ex-funcionários, aproximam-se de R$ 200 milhões.
No fim do ano passado, o BofA
sofreu outro baque com a crise da
Parmalat. A dívida da multinacional com o banco no país ultrapassa R$ 200 milhões, segundo a Folha apurou.
Por conta de problemas com essas empresas, o BofA teve de negociar acordos que terminaram
em prejuízos e, atualmente, ainda
arca com pendências jurídicas resultantes de alguns negócios.
É o caso, por exemplo, da VGL.
A empresa resultou de negócio
firmado no início de 1998 entre o
Liberal, controlado na época pelo
NationsBank, e o Vasco da Gama.
Pelo acordo, o banco formou a
VGL, que adquiriu os direitos de
negociar todos os direitos da marca do clube carioca.
Com a fusão entre o Nations e o
BofA, a VGL passou a ser controlada pela empresa Deportes
Sports Holding Limited, subsidiária do Bank of America, sediada
nas Ilhas Cayman.
Em 2001, a parceria foi suspensa. O Vasco da Gama alegava que
o BofA lhe devia US$ 12 milhões.
Já o banco reclamava créditos no
clube carioca no valor de R$ 80
milhões.
Os dois acabaram chegando a
um acordo em que o Vasco acabou não pagando nada à VGL e
vice-versa, de acordo com Eurico
Miranda, presidente do clube.
Segundo Miranda, o Vasco cedeu o crédito que tinha a receber
do banco à própria VGL e, em troca, conseguiu recuperar os direitos de exploração da sua marca.
Procurado pela reportagem, o BofA não quis falar sobre o acordo.
De toda forma, independentemente do suposto acordo, a VGL
tem tem uma dívida com o INSS
de R$ 12 milhões que acaba de resultar em um processo na Justiça
Federal do Rio de Janeiro. É alvo
também de ações trabalhistas
que, somadas às do próprio BofA,
ultrapassam dez processos só no
Rio de Janeiro. São pendências
que o BofA ainda terá de resolver
no Brasil.
(EF)
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