São Paulo, sábado, 28 de março de 2009 |
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Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br FERTILIZANTES O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, entrega nos próximos dias para Edison Lobão, de Minas e Energia, um resumo dos estudos sobre a autossuficiência do Brasil em fertilizantes. Serão convocados para reunião todos os setores envolvidos com o tema, inclusive a Petrobras, diz Stephanes. PRAZOS Os estudos indicam que o país pode chegar à autossuficiência em nitrogenados em cinco ou seis anos. No caso de fosfatados, a demora poderá ser de sete a oito anos, mas a autossuficiência em potássio não virá antes de dez anos. SEM AUTOSSUFICIÊNCIA Analistas do setor dizem que a autossuficiência em fertilizantes é difícil de ser atingida. Até países como EUA, Índia e China têm dependência. Atualmente, o Brasil importa 70% e produz 30%. Com grandes esforços, deve apenas chegar próximo do suprimento total das necessidades, afirmam. INCENTIVOS Stephanes informou ontem à Folha que as medidas adotadas na área de trigo podem elevar de 5% a 10% a área nesta safra. Quanto à retirada da TEC, disse que o assunto só deve ser analisado em 60 dias, depois de verificada a real disponibilidade interna do produto. IMPORTAÇÕES Ainda há grandes estoques de trigo nas indústrias, diz o ministro. Ele não descarta as importações, mas diz que é necessário garantir o aumento de produção e a comercialização adequada para os produtores. PLANO DE SAFRA Em um ano de crise, o plano de safra deve ser melhor do que o anterior, na avaliação de Stephanes. Dois itens são importantes: crédito para a produção e recursos para o reajuste dos preços mínimos. Os juros estão adequados, diz o ministro. PREOCUPAÇÕES Dois produtos preocupam o governo: milho e café. No primeiro caso, os preços mínimos devem ser elevados. No segundo, é preciso achar um equilíbrio para que as opções de compra sinalizem preços para cima. CEREAIS O feijão se beneficia da elevação de preços mínimos no ano passado. Já o arroz não tem grandes problemas e pode ser garantido com as medidas tradicionais de mercado. FRIGORÍFICOS A situação dos frigoríficos é difícil, mas em época de crise não se deve adotar só medidas tradicionais. O ministro não descarta uma linha de crédito para exportação, o que garantiria a cadeia funcionando e beneficiaria os pecuaristas. QUEDAS Ontem foi um dia de fortes quedas nas commodities. Texto Anterior: Bovespa cai, mas termina semana com alta de 4,6% Próximo Texto: Lula diz que não é hora de pedir reajuste Índice |
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