|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SAIBA MAIS
Cláusula deixa grupo mexicano diminuir oferta
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma cláusula da revisão da
proposta de compra feita pela
Telmex permite à tele mexicana reduzir de US$ 400 milhões
para US$ 360 milhões o valor
que ela deverá pagar para assumir o controle da Embratel.
O documento foi enviado à
Corte de Falências de Nova
York e à SEC (Securities and
Exchange Commission).
Ontem, porém, durante a
sessão na corte, a Telmex disse
que pagará US$ 400 milhões.
O texto da revisão estabelece
que, em caso de a Corte dos Estados Unidos não aprovar a inclusão de uma multa por quebra de contrato entre a norte-americana MCI (dona da Embratel) e a Telmex, os mexicanos poderiam reduzir a sua
oferta pela tele brasileira. Na
semana passada, quando apresentou a revisão de sua proposta, subindo o preço inicial (justamente os US$ 360 milhões), a
Telmex incluiu o termo que
obrigaria a MCI a desembolsar
US$ 12,2 milhões em caso de
desistir do acordo já firmado
entre as duas empresas.
Essa multa, no entanto, foi
contestada pela Calais (o consórcio formado pelas teles Brasil Telecom, Telemar, Telefônica e pela empresa Geodex). Anteontem, a Justiça dos EUA decidiu negar a inclusão da multa,
o que abriu espaço para a Telmex usar a prerrogativa de recuar a oferta a US$ 360 milhões. Procurada pela Folha, a
Telmex não se pronunciou.
Ao longo das últimas semanas, os mexicanos e a Calais
travam uma disputa de ofertas,
embora a MCI já tivesse aprovado a proposta inicial da Telmex (de US$ 360 milhões),
mesmo sendo inferior à oferecida pelo consórcio Calais (US$
550 milhões).
No dia 19, o Calais anunciou
que aumentaria de US$ 360 milhões para US$ 396 milhões o
valor de sua parcela inicial
(dentro dos US$ 550 milhões).
Além disso, estabelecia que os
US$ 396 milhões não seriam
reembolsáveis. Ou seja, caso as
autoridades brasileiras vetassem a venda da Embratel para
o consórcio por eventuais danos à concorrência, a MCI não
teria que devolvê-los ao consórcio. Dois dias depois, os mexicanos aumentaram sua proposta para US$ 400 milhões
-mas com a cláusula da multa
de US$ 12,2 milhões.
A Calais elevou novamente
sua proposta: em vez de US$
396 milhões, o pagamento inicial não-reembolsável seria de
US$ 470 milhões.
(JOSÉ ALAN DIAS)
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Opinião econômica: Mato Grosso é Brasil? Índice
|