São Paulo, quarta-feira, 28 de abril de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa, que chegou a subir 1,8%, fechou praticamente estável, devido a temor de ataques terroristas

Juros futuros caem com dados de inflação

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado se animou com a divulgação do IPCA-15, que veio abaixo do esperado. O resultado foi a queda das taxas futuras de juros. O número de contratos DI, que acompanham a oscilação dos juros, negociados na BM&F mais que dobrou, ficando em 793 mil.
Os dados divulgados pelo IBGE mostraram uma pressão inflacionária menor, o que pode resultar em juros mais baixos no futuro. A queda das taxas dos contratos DI foi generalizada. No DI com resgate em janeiro, o mais negociado, a taxa caiu de 15,48% para 15,41%. No contrato com prazo de vencimento em um ano, a taxa recuou de 15,63% para 15,55%.
A projeção do mercado ainda é de que a Selic (taxa básica de juros, que está em 16% anuais) caia 0,25 ponto percentual na reunião do Copom do próximo mês.
Nos outros segmentos do mercado, as preocupações com o terrorismo afetaram o final dos negócios de ontem, minando o bom humor dos investidores devido aos dados de inflação. A Bovespa, após chegar a subir 1,83%, fechou com leve recuo de 0,03%.
O movimento negativo começou pelo mercado de títulos da dívida de emergentes, após as notícias de que carros-bomba provocaram explosões em Damasco, na Síria. Os C-Bonds, títulos da dívida brasileira, fecharam em queda de 0,93%, a US$ 0,9263. O risco-país brasileiro registrava alta de 3,98% às 19h30, para 626 pontos.
Na Bovespa, os investidores operaram à espera da decisão da Justiça dos EUA sobre a venda da Embratel, que não foi anunciada até o fechamento do mercado. A ação ON da Embratel caiu 2,7%.
A ação PN da AmBev PN foi destaque positivo no pregão, registrando valorização de 5,96%. A alta foi impulsionada pela informação de que o Merrill Lynch elevou a recomendação para as ações da empresa.
O papel ON da CCR Rodovias teve forte alta de 6,6%. Ontem a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aprovou registro de emissão de ações pela empresa, que pode chegar a R$ 370 milhões em papéis ON.
A Thomson Financial divulgou relatório mostrando que a indústria de fundos da América Latina encerrou o 1º trimestre com aumento de US$ 15,96 bilhões em seu patrimônio, atingindo US$ 238,59 bilhões. A captação dos fundos brasileiros e mexicanos no período sustentaram o resultado positivo. (FABRICIO VIEIRA)


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