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PREÇOS
Índice deste mês fica abaixo do previsto e abre espaço para nova queda do juro; IPC da Fipe sobe 0,17% até dia 22 em SP
Inflação pelo IPCA-15 recua para 0,21%
DA SUCURSAL DO RIO
O IPCA-15 (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo - 15) registrou inflação de 0,21% neste mês,
informou ontem o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É a menor taxa desde novembro do ano passado (0,17%).
Em março, o IPCA-15 havia ficado em 0,40%.
O resultado surpreendeu o mercado, que esperava taxa de 0,40%
a 0,45%, e abriu espaço para apostas numa queda maior dos juros
em maio, de acordo com Alex
Agostini, economista da consultoria Global Invest.
De acordo com ele, o recuo do
índice "era o que faltava para o BC
optar por um corte mais intenso
nos juros, de 0,5 ponto percentual
em maio [para 15,5% ao ano]". A
expectativa antes apontava para
redução de 0,25 ponto.
Com o resultado do IPCA-15,
Agostini reviu para baixo a previsão do IPCA cheio deste mês -de
0,45% para 0,40%.
O IPCA-15 é uma espécie de
prévia do IPCA, indicador oficial
de inflação e referência para o regime de metas de inflação do BC.
A meta deste ano é de 5,5%.
O recuo do índice foi possível
graças às reduções dos preços dos
alimentos e dos combustíveis, de
acordo com o IBGE. Também
ajudou a desaceleração de itens
como telefone fixo e cigarro.
Os alimentos caíram 0,17%, especialmente devido ao início da
comercialização da nova safra.
Caíram os preços do tomate
(13,98%), açúcar refinado
(5,63%), frutas (2,79%), arroz
(2,76%) e feijão carioca (2,35%).
Também sob efeito da boa safra
agrícola, o álcool combustível teve
queda de 12,11%.
Remédios derrubam taxa
Os preços voltaram a subir na
cidade de São Paulo. Pesquisa da
Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) registrou elevação de 0,17% nos últimos 30
dias terminados em 22 deste mês.
Essa taxa é bem superior à divulgada na semana anterior, de
0,08%, mas fica dentro das previsões da entidade, que estima inflação de 0,20% para o mês.
Dois itens se destacaram: remédios e alimentos. Os primeiros subiram 2,37% no período, elevando o custo médio do setor de saúde em 1,49%. Os alimentos tiveram a única queda entre os sete
itens pesquisados. A redução foi
de 0,51%, e os destaques ficaram
para cereais, carnes e verduras.
Colaborou Mauro Zafalon, da Redação
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