São Paulo, sábado, 28 de abril de 2007

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AL deve elevar gastos sociais em programas, diz FMI

DA REUTERS, EM CAMBRIDGE

Os governos latino-americanos devem aumentar gastos sociais, enquanto mantêm fortes políticas fiscais para reduzir a pobreza e a insatisfação política na região, afirmou ontem o diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Rodrigo de Rato.
Durante conferência em Cambridge, o diretor do FMI estimulou os governos da região a acompanhar o sucesso de programas de "pró-pobres" feitos no Brasil, no México e no Chile, que reaplicaram gastos tradicionalmente voltados a grupos de média e alta rendas.
"Os governos poderiam dedicar mais recursos a programas sociais direcionados, como o Oportunidades, no México, o Bolsa Família, no Brasil, e o Chile Solidário", declarou Rato. "[Os programas] foram altamente benéficos para os pobres, mas o efeito deles sobre a distribuição de renda foi limitado por conta do tamanho modesto em relação a outros gastos governamentais."
Programas sociais direcionados como esses, disse Rato, devem substituir subsídios sem foco, baseados em produtos de petróleo e eletricidade.
Esse movimento ajudaria a reduzir as diferenças sociais que têm gerado insatisfação política e que levaram a eleições de líderes de esquerda na região, disse o diretor do FMI.
Apesar de estimular mais gastos sociais, Rato afirmou estar "preocupado com os rápidos aumentos nos gastos correntes dos governos em vários países nos últimos anos".
Fortes políticas fiscais e macroeconômicas, argumentou ele, ajudarão a América Latina a se isolar das oscilações negativas na economia global. "Mas o futuro da América Latina não está completamente nas suas mãos", declarou, acrescentando que metade da variação do crescimento na região nos últimos 15 anos se deve a mudanças nas condições externas.


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