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AL deve elevar gastos sociais em programas, diz FMI
DA REUTERS, EM CAMBRIDGE
Os governos latino-americanos devem aumentar gastos sociais, enquanto mantêm fortes
políticas fiscais para reduzir a
pobreza e a insatisfação política
na região, afirmou ontem o diretor-gerente do FMI (Fundo
Monetário Internacional), Rodrigo de Rato.
Durante conferência em
Cambridge, o diretor do FMI
estimulou os governos da região a acompanhar o sucesso de
programas de "pró-pobres" feitos no Brasil, no México e no
Chile, que reaplicaram gastos
tradicionalmente voltados a
grupos de média e alta rendas.
"Os governos poderiam dedicar mais recursos a programas
sociais direcionados, como o
Oportunidades, no México, o
Bolsa Família, no Brasil, e o
Chile Solidário", declarou Rato.
"[Os programas] foram altamente benéficos para os pobres, mas o efeito deles sobre a
distribuição de renda foi limitado por conta do tamanho modesto em relação a outros gastos governamentais."
Programas sociais direcionados como esses, disse Rato, devem substituir subsídios sem
foco, baseados em produtos de
petróleo e eletricidade.
Esse movimento ajudaria a
reduzir as diferenças sociais
que têm gerado insatisfação
política e que levaram a eleições de líderes de esquerda na
região, disse o diretor do FMI.
Apesar de estimular mais
gastos sociais, Rato afirmou estar "preocupado com os rápidos aumentos nos gastos correntes dos governos em vários
países nos últimos anos".
Fortes políticas fiscais e macroeconômicas, argumentou
ele, ajudarão a América Latina
a se isolar das oscilações negativas na economia global. "Mas o
futuro da América Latina não
está completamente nas suas
mãos", declarou, acrescentando que metade da variação do
crescimento na região nos últimos 15 anos se deve a mudanças nas condições externas.
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