São Paulo, sábado, 28 de abril de 2007

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Confiança da indústria vai ao maior nível desde 2004

Pesquisa da FGV mostra melhora da perspectiva do setor industrial em abril

Sem ajuste sazonal, índice que mede a confiança do empresário fabril atingiu mais alto patamar da série histórica, iniciada em 1995


DA FOLHA ONLINE

A confiança da indústria na economia brasileira manteve a trajetória de alta e atingiu, entre março e abril, seu maior nível desde outubro de 2004. Sem ajuste sazonal, é o maior nível da série histórica iniciada em abril de 1995, indica a FGV (Fundação Getulio Vargas), responsável pela pesquisa.
Segundo a pesquisa, divulgada ontem, o ICI (Índice de Confiança da Indústria) elevou-se em 3,9% entre março e abril de 2007, passando de 116,2 para 120,7, sem o ajuste sazonal. "Com ajuste, o ICI de abril, de 116,8, é o maior desde outubro de 2004 (119,3)", informou a FGV em comunicado. O ICI é um indicador que utiliza para cálculo uma escala que vai de 0 a 200 pontos.
O resultado, segundo a FGV, mostra que a indústria de transformação iniciou o segundo trimestre do ano aquecida e com boas perspectivas para os próximos meses. Entre março e abril, o Índice da Situação Atual foi de 121,5 para 124,4, enquanto o Índice de Expectativas se elevou de 110,8 para 117.
De acordo com o levantamento, entre as perguntas do índice de confiança relacionadas ao presente, o maior avanço ocorreu na avaliação feita a respeito do nível da demanda global. Entre março e abril, a proporção de empresas que avaliam o nível atual de demanda como forte aumentou de 27% para 28%; a parcela das que o avaliam como fraco diminuiu de 10% para 5%.
As previsões mais favoráveis são relativas à situação dos negócios. Das empresas consultadas, 61% prevêem melhora nos próximos seis meses e apenas 3% esperam piora. Em março, tais parcelas eram, respectivamente, de 58% e 5%.
Para a coleta de dados, a FGV ouviu mil empresas entre os dias 2 e 25 de abril.
O resultado da pesquisa da FGV aparece em linha com levantamento da Serasa divulgado nesta semana, segundo o qual a expectativa de faturamento e lucro dos empresários para este segundo trimestre é a melhor desde 2005. Estudo feito com empresários de vários setores, a análise da Serasa revela que o comércio é quem está mais otimista.


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