São Paulo, sábado, 28 de abril de 2007

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Especialistas divergem sobre ascensão social

DA REDAÇÃO

Outros estudiosos do padrão de vida e da oscilação na renda dos brasileiros nos últimos anos têm uma visão mais otimista do que aquela apresentada no estudo da Unicamp sobre o encolhimento da classe média no país.
Lena Lavinas, economista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), citou que a renda familiar per capita média dos 10% mais pobres do país aumentou 8,2% entre 1995 e 2005 e 40,5% de 2001 a 2005, mas argumentou que "os programas de transferência de renda diminuem a intensidade da pobreza, mas aumentam em muito pouco a renda dos mais pobres".
A pesquisadora contesta que, em camadas inferiores, só o Bolsa Família tenha feito a diferença. "Os empregos que se criaram foram de até dois salários mínimos. O setor de serviços, por exemplo, vem criando empregos de baixa remuneração."
O economista Marcelo Neri, da FGV (Fundação Getulio Vargas), disse que também discorda da visão de deterioração da classe média, constatada no estudo da Unicamp, e destaca que ela teve recomposição de renda nos últimos anos. "Desde a recessão de 2003, há recuperação". (TR)


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