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Especialistas divergem sobre ascensão social
DA REDAÇÃO
Outros estudiosos do
padrão de vida e da oscilação na renda dos brasileiros nos últimos anos têm
uma visão mais otimista
do que aquela apresentada
no estudo da Unicamp sobre o encolhimento da
classe média no país.
Lena Lavinas, economista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), citou que a renda
familiar per capita média
dos 10% mais pobres do
país aumentou 8,2% entre
1995 e 2005 e 40,5% de
2001 a 2005, mas argumentou que "os programas de transferência de
renda diminuem a intensidade da pobreza, mas aumentam em muito pouco
a renda dos mais pobres".
A pesquisadora contesta
que, em camadas inferiores, só o Bolsa Família tenha feito a diferença. "Os
empregos que se criaram
foram de até dois salários
mínimos. O setor de serviços, por exemplo, vem
criando empregos de baixa
remuneração."
O economista Marcelo
Neri, da FGV (Fundação
Getulio Vargas), disse que
também discorda da visão
de deterioração da classe
média, constatada no estudo da Unicamp, e destaca que ela teve recomposição de renda nos últimos
anos. "Desde a recessão de
2003, há recuperação".
(TR)
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