São Paulo, sábado, 28 de abril de 2007

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Abismo digital entre países está menor, aponta pesquisa

Brasil cai duas posições e ocupa a 43ª posição em ranking que avalia integração entre tecnologia e comércio on-line

Sobe pontuação global de "prontidão" digital -como indivíduos e negociadores consomem produtos e serviços pela internet


DA REDAÇÃO

A distância entre as maiores economias está ficando cada vez mais estreita no que se refere ao chamado "abismo digital", aponta estudo divulgado ontem pelo Economist Inteligence Unit, braço de pesquisas do grupo que publica a revista britânica "The Economist".
O ranking, criado em 2000 em parceria com o Instituto IBM, engloba 69 das maiores economias do mundo e avalia a integração entre tecnologia e comércio eletrônico -conceito definido como "prontidão eletrônica". Também avalia o consumo de produtos e serviços pela internet.
O Brasil caiu duas posições desde o ranking do ano passado e ocupa hoje o 43ª lugar. Já o forte papel do governo na promoção e adoção de tecnologias da informação colaborou para a melhora do desempenho dos países asiáticos. Mas a Dinamarca permanece na primeira colocação, seguida por EUA e Suécia.
A pesquisa usa quase cem critérios quantitativos e qualitativos. São avaliados, por exemplo, conectividade, infra-estrutura tecnológica, ambiente de negócios, ambiente cultural e social e segurança jurídica e política.
Neste ano cresceu a exigência em relação aos critérios de "prontidão". A conexão por internet, por exemplo, não basta estar disponível -deve ser rápida, segura e barata para que as pessoas possam usá-la com eficiência. Passou a ser avaliado ainda o comprometimento do governo em usar a internet e criar políticas para facilitar o acesso à rede.
"Liderança tecnológica no mundo está se tornando um alvo que se move rapidamente", diz Robin Bew, diretor-editorial da Economist Intelligence Unit. "Aqueles que estão no topo hoje não podem ser complacentes. A evolução vertiginosa da tecnologia e de seu uso significa que largas vantagens podem ser rapidamente erodidas por seus rivais."
Um fator que contribuiu para a redução das discrepâncias foi a ausência de grandes lacunas entre países desenvolvidos e mercados emergentes em relação ao preço da banda larga -um dos indicadores adicionados em 2007. A implantação de mais pontos de banda larga, cada vez mais barata, colaborou para a melhora de Hong Kong (4ª posição), Cingapura (6ª) e Taiwan (16ª) no ranking.
Muitos países líderes tiveram alteração em sua performance por causa da mudança metodológica, devido a maior foco em política ambiental, educacional e inovação. Entre os países afetados, estão Suíça (5º), Canadá (13º), Alemanha (19º) e Irlanda (21º). Apesar da queda na nota de alguns países, a nota mundial de "prontidão" está melhorando perceptivelmente: a pontuação global passou de 6,02 em 2006 para 6,24.


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