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Abismo digital entre países está menor, aponta pesquisa
Brasil cai duas posições e ocupa a 43ª posição em ranking que avalia integração entre tecnologia e comércio on-line
Sobe pontuação global de "prontidão" digital -como indivíduos e negociadores consomem produtos e serviços pela internet
DA REDAÇÃO
A distância entre as maiores
economias está ficando cada
vez mais estreita no que se refere ao chamado "abismo digital",
aponta estudo divulgado ontem pelo Economist Inteligence Unit, braço de pesquisas do
grupo que publica a revista britânica "The Economist".
O ranking, criado em 2000
em parceria com o Instituto
IBM, engloba 69 das maiores
economias do mundo e avalia a
integração entre tecnologia e
comércio eletrônico -conceito
definido como "prontidão eletrônica". Também avalia o consumo de produtos e serviços
pela internet.
O Brasil caiu duas posições
desde o ranking do ano passado
e ocupa hoje o 43ª lugar. Já o
forte papel do governo na promoção e adoção de tecnologias
da informação colaborou para a
melhora do desempenho dos
países asiáticos. Mas a Dinamarca permanece na primeira
colocação, seguida por EUA e
Suécia.
A pesquisa usa quase cem critérios quantitativos e qualitativos. São avaliados, por exemplo, conectividade, infra-estrutura tecnológica, ambiente de
negócios, ambiente cultural e
social e segurança jurídica e política.
Neste ano cresceu a exigência em relação aos critérios de
"prontidão". A conexão por internet, por exemplo, não basta
estar disponível -deve ser rápida, segura e barata para que
as pessoas possam usá-la com
eficiência. Passou a ser avaliado
ainda o comprometimento do
governo em usar a internet e
criar políticas para facilitar o
acesso à rede.
"Liderança tecnológica no
mundo está se tornando um alvo que se move rapidamente",
diz Robin Bew, diretor-editorial da Economist Intelligence
Unit. "Aqueles que estão no topo hoje não podem ser complacentes. A evolução vertiginosa
da tecnologia e de seu uso significa que largas vantagens podem ser rapidamente erodidas
por seus rivais."
Um fator que contribuiu para
a redução das discrepâncias foi
a ausência de grandes lacunas
entre países desenvolvidos e
mercados emergentes em relação ao preço da banda larga
-um dos indicadores adicionados em 2007. A implantação de
mais pontos de banda larga, cada vez mais barata, colaborou
para a melhora de Hong Kong
(4ª posição), Cingapura (6ª) e
Taiwan (16ª) no ranking.
Muitos países líderes tiveram alteração em sua performance por causa da mudança
metodológica, devido a maior
foco em política ambiental,
educacional e inovação. Entre
os países afetados, estão Suíça
(5º), Canadá (13º), Alemanha
(19º) e Irlanda (21º). Apesar da
queda na nota de alguns países,
a nota mundial de "prontidão"
está melhorando perceptivelmente: a pontuação global passou de 6,02 em 2006 para 6,24.
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