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Empresa adota campanha agressiva no Brasil
CRISTIANE BARBIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
A General Motors tem feito
grandes esforços para que as
notícias sobre as dificuldades
na matriz, que incluem um possível pedido de concordata, não
impactem suas vendas no Brasil. Jaime Ardilla, presidente da
subsidiária, veio a público diversas vezes afirmar que o consumidor brasileiro não corre
risco ao comprar produtos da
marca e que a operação local
não será afetada.
Outra iniciativa na mesma
direção foi a campanha "Recompra Garantida", lançada
neste mês. Nela, a montadora
compromete-se a recomprar os
modelos Celta, Classic, Corsa
ou Prisma pelo mesmo preço
expresso na nota fiscal de compra na troca por um novo carro
da marca.
"É uma tentativa meio desesperada da GM, mas que deve fazer efeito para que o consumidor não sinta que vai ficar com
mico preto nas mãos", diz Fred
Gelli, sócio da Tátil Design, especializada em marcas.
Apesar de a GM ter perdido
quase três pontos percentuais
de participação de mercado no
Brasil no primeiro trimestre,
especialistas ouvidos pela Folha não souberam dizer se o
motivo foi ou não uma possível
desconfiança do consumidor
com relação à continuidade dos
negócios da empresa. Com a
súbita parada das montadoras
no fim do ano, houve um desbalanceamento de estoques.
Com isso, as montadoras que
tinham mais produtos ou novidades nos pátios-como a
Volkswagen e a Ford- viram
suas vendas aumentar. Já GM e
Fiat, cujas paradas foram mais
radicais, perderam participação de mercado.
Procurada, a GM não concedeu entrevista por afirmar que
a reestruturação diz respeito
apenas à operação americana.
Apesar de reconhecer o impacto da reestruturação, os especialistas não são unânimes
com relação a seus efeitos nas
vendas da GM no Brasil. "Enquanto a infraestrutura de
atendimento ao consumidor
funcionar, ele não deve abrir
mão da marca", diz José Roberto Martins, sócio da consultoria
Global Brands. "Foi o que aconteceu com a Parmalat, que permaneceu forte para o consumidor, mesmo com dificuldades."
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