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Executivos do Goldman vão ao Senado e negam fraudes contra clientes
DE NOVA YORK
Foi um dia de confronto no
Senado dos EUA, ontem,
quando executivos do banco
Goldman Sachs tiveram que
se explicar a congressistas sobre o seu papel durante a crise que estourou em 2008.
Senadores acusaram o banco de agir como um "cassino
fraudulento" e de enganar
clientes, vendendo instrumentos financeiros em negócios destinados ao fracasso.
Para membros do governo,
a empresa contribuiu para o
derretimento do mercado.
Executivos responderam ter
agido com ""responsabilidade" para proteger o banco de
forma que ele sobrevivesse ao
colapso das hipotecas.
Na conclusão da audiência,
no fim da tarde de ontem, o
presidente-executivo do
Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, disse, em tom conciliatório, reconhecer que ""muitos
americanos estão céticos
quanto à contribuição dos
bancos de investimento para
a economia e compreensivelmente irritados com a maneira como Wall Street contribuiu para a crise financeira".
Ele admitiu que Goldman,
outros bancos e agências de
rating falharam ao não ""soar
o alarme" quando havia um
excesso de empréstimos. Mas
negou que a empresa tenha
apostado contra os clientes.
"Durante os dois anos de
crise financeira, apesar da lucratividade no período como
um todo, o Goldman Sachs
perdeu aproximadamente
US$ 1,2 bilhão em atividades
no mercado imobiliário."
O presidente-executivo
disse que o anúncio, há dez
dias, de que a SEC (órgão
equivalente à Comissão de
Valores Mobiliários) moveria
uma ação contra o banco
-acusado de ter causado prejuízos de mais de US$ 1 bilhão
a investidores- foi "um dos
piores dias" da sua vida profissional.
Outro executivo do Goldman, Fabrice Tourré, 31, citado nominalmente na ação
movida pela SEC, foi ao Congresso negar "categoricamente" as acusações de fraude
contra ele e afirmou que irá se
defender das "alegações falsas" no tribunal.
(CRISTINA FIBE)
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