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Instituições negam "placa de venda"
DA REPORTAGEM LOCAL
Os dirigentes de BMB (Banco
Mercantil do Brasil) e Banco Cidade dizem que as instituições
não estão em negociação. Marco
Antônio Andrade de Araújo, vice-presidente-executivo do BMB,
admite que já foi sondado algumas vezes. "Mas já afixamos uma
plaquinha na frente do banco:
não estamos à venda."
Araújo diz que os planos do
banco são de expansão. Hoje com
180 agências e 15 postos de atendimento, já conta com autorização
do BC (Banco Central) para abrir
mais 45 agências neste ano. "Até
2001, teremos 230 agências, sem
contar os postos de atendimento", afirma.
Em 97, o banco desenhou um
programa de investimentos de
US$ 85 milhões. Não só para aumento do número de agências,
mas também para a melhoria dos
sistemas de informática, serviços
aos clientes e propaganda e marketing.
Em dezembro do ano passado,
os ativos totais do banco estavam
em R$ 2,580 bilhões. O patrimônio líquido, em R$ 463 milhões.
"Estamos em situação bem confortável. Todo o nosso crescimento nos últimos anos tem sido por
incorporação de resultados. Não
fazemos aumento de capital desde 77", diz.
Na opinião de Araújo, bancos
como o BMB, que sejam enxutos e
com boa atuação regional, têm
condições de se manter no mercado. "Prestamos bons serviços, a
tarifas competitivas. Hoje, cerca
de 10% dos nossos clientes fazem
transações via Internet. E aproximadamente 20% usam meios remotos, o que inclui caixas eletrônicos e a Internet."
Ele acredita que após a venda do
Banespa as investidas dos grande
bancos devem se intensificar.
"Todo negócio bom no setor bancário, bem posicionado, será ambicionado", diz.
Esequiel Holcman, diretor do
BancoCidade, afirma que não há
intenção de vender a instituição.
Lembra que, em 95, os atuais sócios compraram 45% do banco
que estavam em poder do francês
BNP.
Segundo ele, a fórmula do Cidade para manter seu espaço no
mercado é dar tratamento personalizado aos clientes, coisa que os
grandes bancos de varejo não fazem, em sua opinião. "Trabalhamos sob o conceito de butique. O
consumidor pode ir a um grande
magazine, escolher uma peça sozinho e experimentar. Ou pode ir
a uma butique, que terá um vendedor especializado para lhe dar
orientações."
Segundo ele, a instituição cortou as gorduras nos últimos anos.
De R$ 3 bilhões de ativos totais
em 98, passou a R$ 1,5 bilhão no
ano passado.
Contou que o quadro de pessoal
foi reduzido. Porém, ao mesmo
tempo foram feitos investimentos
em automação de serviços. "Em
breve, nossos clientes vão dispor
de "Internet banking'", antecipa.
(LS)
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