São Paulo, domingo, 28 de maio de 2000


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Instituições negam "placa de venda"


DA REPORTAGEM LOCAL

Os dirigentes de BMB (Banco Mercantil do Brasil) e Banco Cidade dizem que as instituições não estão em negociação. Marco Antônio Andrade de Araújo, vice-presidente-executivo do BMB, admite que já foi sondado algumas vezes. "Mas já afixamos uma plaquinha na frente do banco: não estamos à venda."
Araújo diz que os planos do banco são de expansão. Hoje com 180 agências e 15 postos de atendimento, já conta com autorização do BC (Banco Central) para abrir mais 45 agências neste ano. "Até 2001, teremos 230 agências, sem contar os postos de atendimento", afirma.
Em 97, o banco desenhou um programa de investimentos de US$ 85 milhões. Não só para aumento do número de agências, mas também para a melhoria dos sistemas de informática, serviços aos clientes e propaganda e marketing.
Em dezembro do ano passado, os ativos totais do banco estavam em R$ 2,580 bilhões. O patrimônio líquido, em R$ 463 milhões. "Estamos em situação bem confortável. Todo o nosso crescimento nos últimos anos tem sido por incorporação de resultados. Não fazemos aumento de capital desde 77", diz.
Na opinião de Araújo, bancos como o BMB, que sejam enxutos e com boa atuação regional, têm condições de se manter no mercado. "Prestamos bons serviços, a tarifas competitivas. Hoje, cerca de 10% dos nossos clientes fazem transações via Internet. E aproximadamente 20% usam meios remotos, o que inclui caixas eletrônicos e a Internet."
Ele acredita que após a venda do Banespa as investidas dos grande bancos devem se intensificar. "Todo negócio bom no setor bancário, bem posicionado, será ambicionado", diz.
Esequiel Holcman, diretor do BancoCidade, afirma que não há intenção de vender a instituição. Lembra que, em 95, os atuais sócios compraram 45% do banco que estavam em poder do francês BNP.
Segundo ele, a fórmula do Cidade para manter seu espaço no mercado é dar tratamento personalizado aos clientes, coisa que os grandes bancos de varejo não fazem, em sua opinião. "Trabalhamos sob o conceito de butique. O consumidor pode ir a um grande magazine, escolher uma peça sozinho e experimentar. Ou pode ir a uma butique, que terá um vendedor especializado para lhe dar orientações."
Segundo ele, a instituição cortou as gorduras nos últimos anos. De R$ 3 bilhões de ativos totais em 98, passou a R$ 1,5 bilhão no ano passado.
Contou que o quadro de pessoal foi reduzido. Porém, ao mesmo tempo foram feitos investimentos em automação de serviços. "Em breve, nossos clientes vão dispor de "Internet banking'", antecipa. (LS)


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