São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 2002

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DINHEIRO NOVO

Lançamento atrasa um mês; cédula terá banda holográfica

Mico de R$ 20 circula só em junho

SANDRA MANFRINI
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

A cédula de R$ 20 será lançada pelo Banco Central no final de junho. A informação é do chefe do Departamento de Meio Circulante do BC, José dos Santos Barbosa.
A previsão inicial de lançamento da cédula era maio. Segundo Barbosa, houve atraso por problemas operacionais e cuidados novos que estão sendo observados com relação à segurança da nova cédula.
De acordo com ele, serão colocadas em circulação ainda neste ano cerca de 100 milhões de cédulas de R$ 20, com o objetivo de facilitar o troco e reduzir o volume de notas de R$ 10, diminuindo assim o número de cédulas no meio circulante -o que resultará em economia para o BC.

Banda holográfica
Barbosa informou que a nota de R$ 20, que terá como estampa o mico-leão-dourado, terá um elemento de segurança inédito, a chamada banda holográfica. É uma tarja que estará impressa na nota e que não será possível ser reproduzida pelos instrumentos de informática hoje utilizados pelos falsificadores de cédulas -como scanners e impressoras coloridas.
Segundo Barbosa, a tarja é uma recomendação da Interpol e a imagem dela se altera dependendo da exposição à luz. Ele explicou que o cuidado se deve ao fato de a cédula de R$ 20 ser intermediária à de R$ 10 e à de R$ 50, hoje as que atraem mais a atenção dos falsificadores.
Além disso, a cédula de R$ 20 contará com os elementos de segurança já utilizados na cédula de R$ 2, que são a marca d'água -com a imagem do mico-leão-dourado- e o número -20-, que poderão ser vistos quando a nota for exposta contra a luz.
As cédulas de R$ 2, lançadas em dezembro de 2001, já são 70 milhões em circulação. Para Barbosa, o número ainda é reduzido, mas, ao longo do ano, a expectativa é ampliar esse volume.

Reclamações
Barbosa afirmou que o Banco Central estuda a possibilidade de disponibilizar um endereço eletrônico para que comerciantes possam fazer a sua reclamação específica sobre a falta de troco, identificando a agência bancária com a qual trabalha e os problemas que enfrenta.
Dessa forma, segundo ele, o BC poderá fazer remessas especiais de algumas cédulas e procurar saber do banco o que realmente está ocorrendo. "Localizado o problema, poderemos resolvê-lo."



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