DA REDAÇÃO

A produção de soja deverá crescer nos próximos anos porque é um produto que oferece liquidez constante. Ou seja, sempre tem alguém no mercado externo interessado na compra. Essa demanda crescente e permanente se deve ao aumento do uso da soja e seus derivados tanto na alimentação humana como na animal, segundo o cerealista José Pitoli, de Cornélio Procópio (PR).
Na alimentação humana, a soja é utilizada como óleo, gordura vegetal e complemento para farinhas e biscoitos. Na alimentação animal, o farelo de soja se transformou em um dos principais componentes na produção de carnes bovina, suína e de frango, segundo Pitoli.
A soja assumiu papel ainda mais importante na alimentação de animais após a ocorrência da doença da vaca louca em várias regiões, inclusive na Europa, grande consumidora de carnes.
Ao contrário do café, onde os principais produtores (à exceção do Brasil) não são grandes consumidores, parte da produção de soja fica nos próprios países produtores. EUA e Brasil, os dois maiores produtores mundiais de farelo, são também os maiores consumidores mundiais.
O Brasil, por exemplo, registrou grande avanço nas exportações de carnes no ano passado. Esse aumento exigiu oferta maior de farelo de soja.
Como no Brasil, a tendência de utilização de derivados de soja é crescente nos Estados Unidos, onde a produção de carnes está aumentando, diz Pitoli.
No ano passado, o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de frango e 300 mil de carne suína. Para este ano, as vendas externas de carne de frango deverão aumentar 10% e as de suínos, 15%, diz Paula Santana, analista da FNP Consultoria & agroinformativos. (MZ)


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