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Safra mundial maior vai depender do Brasil
DA REDAÇÃO
A produção mundial de soja evoluiu rapidamente nos últimos
anos. Estados Unidos, Brasil e Argentina se tornaram os maiores
produtores. O volume atual, de
184 milhões de toneladas, é 57%
maior do que o de há dez anos.
Entre os principais países produtores, no entanto, o Brasil é o
único que tem novas fronteiras
agrícolas para a expansão da área
de cultivo dessa oleaginosa. No
caso dos EUA e da Argentina, o
avanço da soja necessariamente
ocorreria em áreas de milho.
Estudo do Geipot, órgão do Ministério dos Transportes, diz que
o Brasil tem disponibilidade de
38,5 milhões de hectares de novas
fronteiras agrícolas. Só a Bahia
tem 3,8 milhões de hectares, diz
Anderson Galvão.
Para Paulo Marthaus, europeus
e norte-americanos sabem muito
bem do potencial agrícola brasileiro. A disponibilidade de terras,
principalmente nos cerrados, permite o desenvolvimento de projetos de grande escala, um fator de
sobrevivência nos negócios agrícolas atuais.
Com o avanço da produção de
soja para o Centro-Oeste, os brasileiros se tornaram mais competitivos. Essa competitividade permite produção com custos de
30% a 50% inferiores aos dos norte-americanos, dependendo da
metodologia utilizada na comparação dos dados.
O custo barato da soja brasileira
não atrai apenas produtores, mas
também importadores dos EUA.
Há duas semanas, um grupo de
nove grandes produtores de frango e de suínos surpreenderam o
mercado norte-americano ao
anunciar a compra de farelo de
soja no Brasil.
Motivo: preço do produto muito mais baixo do que o norte-americano. Um dos motivos para a importação é que o transporte
interno da soja nos EUA, até então um fator imbatível, começa a
ficar mais caro. (MZ)
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