São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 2002

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Safra mundial maior vai depender do Brasil

DA REDAÇÃO

A produção mundial de soja evoluiu rapidamente nos últimos anos. Estados Unidos, Brasil e Argentina se tornaram os maiores produtores. O volume atual, de 184 milhões de toneladas, é 57% maior do que o de há dez anos.
Entre os principais países produtores, no entanto, o Brasil é o único que tem novas fronteiras agrícolas para a expansão da área de cultivo dessa oleaginosa. No caso dos EUA e da Argentina, o avanço da soja necessariamente ocorreria em áreas de milho.
Estudo do Geipot, órgão do Ministério dos Transportes, diz que o Brasil tem disponibilidade de 38,5 milhões de hectares de novas fronteiras agrícolas. Só a Bahia tem 3,8 milhões de hectares, diz Anderson Galvão.
Para Paulo Marthaus, europeus e norte-americanos sabem muito bem do potencial agrícola brasileiro. A disponibilidade de terras, principalmente nos cerrados, permite o desenvolvimento de projetos de grande escala, um fator de sobrevivência nos negócios agrícolas atuais.
Com o avanço da produção de soja para o Centro-Oeste, os brasileiros se tornaram mais competitivos. Essa competitividade permite produção com custos de 30% a 50% inferiores aos dos norte-americanos, dependendo da metodologia utilizada na comparação dos dados.
O custo barato da soja brasileira não atrai apenas produtores, mas também importadores dos EUA. Há duas semanas, um grupo de nove grandes produtores de frango e de suínos surpreenderam o mercado norte-americano ao anunciar a compra de farelo de soja no Brasil.
Motivo: preço do produto muito mais baixo do que o norte-americano. Um dos motivos para a importação é que o transporte interno da soja nos EUA, até então um fator imbatível, começa a ficar mais caro. (MZ)


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