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Participação dos EUA deve registrar queda
DA REDAÇÃO
Os produtores norte-americanos de soja vivem uma realidade
artificial. Apesar de garantir renda aos produtores, os subsídios
dados pelo governo distorcem o
mercado e retiram toda a competitividade do setor. O dinheiro farto do governo garante a produção, já que o governo encara o crédito como segurança alimentar.
Os subsídios, no entanto, elevam o preço da terra, tornam a
produção mais cara e, aos poucos,
vão retirar o produtor norte-americano do mercado internacional.
Isso só não ocorrerá se o governo
continuar injetando dinheiro cada vez mais no setor.
E as decisões mais recentes do
governo já mostram a redução de
oferta de crédito para o sojicultor,
segundo Fernando Muraro. Ao
contrário do que ocorreu em
1996, quando a soja foi beneficiada no plano de distribuição de
subsídios, neste ano a "farm bill"
privilegia os produtores de milho.
Muraro diz que os produtores
que optarem pelo milho vão ter
ganho de pelo menos 7% por hectare em relação aos que plantarem soja. Ele acredita que os produtores dos EUA vão se dedicar
cada vez mais ao milho.
Além de subsídios maiores, o
milho também terá maior demanda nos próximos anos nos
Estado Unidos. O fim do uso do
MTBE -um combustível cancerígeno- na gasolina, já anunciado em alguns Estados norte-americanos, deverá impulsionar em
14% a produção de milho. Neste
ano, os EUA deverão produzir 8,3
bilhões de litros de álcool, quase
todo proveniente do milho.
A curto prazo, os EUA enfrentam grandes problemas devido à
sua política protecionista. A China, maior importador individual
mundial de soja, não quer soja
transgênica e ameaça colocar
uma taxa de importação de 24%
sobre o óleo de soja norte-americano devido às barreiras impostas
ao aço chinês pelos EUA. (MZ)
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