São Paulo, sexta-feira, 28 de maio de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Crescimento da economia no 1º trimestre e baixa do petróleo agradam a investidores; dólar cai 1,3%

Bolsa sobe 3,5% e sai do vermelho no mês

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de SP conseguiu sair do vermelho no mês, no mesmo dia em que dólar e risco-país encerraram os negócios em baixa. Ontem foram divulgados os números referentes ao desempenho econômico do país no primeiro trimestre, além da ata da última reunião do Copom, fatos que tiveram repercussão positiva no mercado. O preço do petróleo também recuou.
A valorização da Bolsa no pregão de ontem ficou em 3,49%. Neste mês, a Bovespa passou a ter alta acumulada de 0,65%. O crescimento da economia favorece a Bolsa. Em um cenário mais favorável de crescimento econômico, as empresas podem alcançar resultados melhores, movimento que beneficia o mercado de ações.
O dólar recuou para R$ 3,121, em baixa de 1,33%. Operadores afirmam que tesourarias de bancos, que haviam comprado bastante dólar recentemente, têm vendido a moeda. A proximidade do vencimento dos contratos futuros de câmbio deste mês também ajudou a fazer o dólar recuar.
O risco-país -pressionado na quarta devido ao rebaixamento de recomendação para títulos do Brasil feito pelo banco JP Morgan- registrou baixa de 1,11%, para 712 pontos.
Os juros futuros caíram na BM&F. O tom da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, quando foi decidida a manutenção dos juros básicos em 16% ao ano, agradou aos investidores.
Em boletim em que analisou a ata, o Bradesco afirmou que está "praticamente fechada a porta" para aumentos na taxa básica em um horizonte de curto prazo.
Nesse cenário menos pessimista, a taxa do contrato DI (que acompanha os juros) mais negociado na BM&F recuou de 17,73% para 17,48% anuais.
A queda no valor do barril do petróleo foi importante para a calmaria do dia. A alta recente do petróleo preocupa devido a seu impacto nos preços da gasolina e, conseqüentemente, da inflação.

Ações
Das 54 ações que compõem o Ibovespa (principal índice da Bolsa), apenas três caíram. A ação ON da Natura voltou a ser bastante negociada em seu segundo dia de pregão. O papel, que subiu 1,18%, foi o terceiro mais negociado no dia, ficando atrás apenas de Telemar PN e Petrobras PN.
(FABRICIO VIEIRA)


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