|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
outro lado
Daslu nega crise e queda no faturamento
Loja diz que cresceu número de espaços alugados, mas admite que renegocia prazo
de pagamentos e que parou de importar
Tuca Vieira - 19.dez.05/Folha Imagem
|
Eliana Tranchesi, dona da loja de luxo Daslu, deixa prédio do Fórum de Guarulhos após interrogatório realizado no ano passado |
DA REPORTAGEM LOCAL
Raul Rosenthal, consultor da
Daslu, afirma que a butique não
enfrenta crise devido à saída de
lojistas de seu centro comercial
nem queda de faturamento.
"Ao contrário, a Daslu tinha 72
espaços alugados há um ano.
Hoje tem 78. O faturamento da
empresa neste ano é 15% maior
do que o do ano passado."
Responsável pela reestruturação da Parmalat no Brasil,
Rosenthal admite que a Daslu
parou de importar. Vende hoje
mais produtos nacionais com a
a marca Daslu e poucos importados que ainda restam nos
seus estoques.
Afirma ainda que a loja conseguiu ampliar em 65 dias o
prazo de pagamento de suas dívidas com fornecedores.
"Achamos que a Daslu precisava dessa renegociação, o que é
uma opção normal adotada por
qualquer tipo de empresa."
Alguns lojistas, segundo informa, redimensionaram seus
espaços, mas continuam no
centro comercial Daslu. "A
Brooksfield Jr. saiu, mas a Salvatore Ferragamo, do mesmo
grupo, continua lá. A Brooksfield Jr. saiu porque os clientes
davam preferência para a linha
"teen" da Daslu. O fato é que
existe uma lista de grifes se preparando para entrar, como a
Ricardo Almeida, a grife do presidente", afirma.
Rosenthal informa que a
Daslu negocia a vinda para o
Brasil de 13 marcas internacionais e que outras 28 marcas nacionais estão interessadas em
ter pontos comerciais na megaloja. "Não queremos segurar
ninguém que não queira ficar.
O que importa é ter um "mix" de
lojas dentro daquele espaço.
Não faz sentido, por exemplo,
ter cinco livrarias."
Os espaços reservados para
as marcas estrangeiras trazidas
pela Daslu, como Gucci e Prada,
"estão, de fato, vazios, mas a Vila Daslu está cheia de importados trazidos por nossos parceiros, que fazem importação, como Dior e Louis Vuitton", diz o
consultor. "Não estamos importando mais nada porque
queremos resolver todos os
problemas. Estamos absolutamente tranqüilos. Os tributos
estão sendo regularmente recolhidos", afirma.
Rosenthal diz ainda que a nova legislação da Receita Federal
permite que empresas utilizem
tradings para importar produtos por encomenda. "Estamos
nos preparando para isso. Queremos transparência total em
todas as nossas operações", diz.
As vendas de importados pela Daslu, informa Rosenthal,
"caíram mesmo, acho que cerca
de 50%, mas isso porque não
temos esses produtos". Diz ainda que "o estoque desse tipo de
mercadoria está acabando". De
janeiro a maio deste ano, ressalta, o faturamento da Daslu
subiu 15% sobre o de igual período de 2005 -quando a loja
não estava no novo endereço.
A Daslu vai manter seus planos de abrir uma loja no próximo ano em Nova York para comercializar a marca. "Vamos
atacar o mercado norte-americano", diz o consultor.
A Daslu espera exportar neste ano US$ 8 milhões -em
2005, as vendas ao mercado externo foram de US$ 3,5 milhões.
(FF e CR)
Texto Anterior: Raio-X da Daslu Próximo Texto: Receita Federal prepara nova ação para apurar problemas em impostos Índice
|