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Para grifes, vendas estão abaixo do esperado e estrutura é grande demais
DA REPORTAGEM LOCAL
Grifes francesas consultadas
pela Folha informam que as
vendas não atingiram a expectativa no centro comercial da
Daslu. Afirmam ainda que, por
enquanto, não romperam contrato com Eliana Tranchesi,
mas que lojistas estão se reunindo para discutir o que pode
ser feito para atrair mais clientes ao local.
Parte dos lojistas afirma que
as vendas na "Vila Daslu" podem estar abaixo das expectativas porque o prédio foi superdimensionado.
Outros lojistas optaram por
reduzir seus espaços na Daslu,
caso da Best Mix, revenda de
produtos eletroeletrônicos,
que investiu R$ 200 mil para se
instalar no prédio. A loja, que
ocupava 200 m2, agora está numa área de 50 m2 para venda
exclusiva de TVs de plasma, segundo informa a rede de lojas.
"As vendas estão abaixo das
expectativas. É claro que houve
impacto à loja [das denúncias
de importações irregulares].
Mas um shopping não "pega"
antes de dois anos", diz Fernando Droghetti, proprietário
da Jacaré do Brasil, loja de móveis brasileiros. Ele diz que,
mesmo com vendas fracas, não
pensa em sair do prédio.
Na última quinta-feira, a reportagem esteve na loja. Durante três horas, ouviu, de gerentes e vendedoras, que as
vendas caíram até 60% e que os
corredores só voltam a ter gente em dias em que há eventos
programados no prédio, como
o do rapper MV Bill.
Em uma loja de móveis, uma
gerente contou que as vendas
diminuíram 60% e que os
clientes preferem pagar à vista,
porque não querem deixar cheques nem faturas de cartão de
crédito no shopping de luxo.
Outra vendedora afirmou à
Folha que o espaço que a loja
ocupa na Daslu serve como
"showroom" da marca. Os proprietários não deixam o local,
segundo informa, porque fizeram investimentos e não querem pagar multa devido ao
rompimento de contrato.
O faturamento da Daslu teve
queda de 30%, segundo apurou
a reportagem, se comparado o
resultado da média dos meses
de outubro e novembro do ano
passado com a média dos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano. A loja informa,
entretanto, que o faturamento
subiu 15% de janeiro a maio sobre igual período de 2005.
Na tentativa de dar a volta
por cima, a loja incrementa a
agenda de eventos no "Terraço
Daslu", um espaço de 3.000 m2
no 4º andar do prédio em que
ocupa. A diária de um dos espaços, recortado por jardins, custa R$ 48 mil. O preço sobe para
R$ 80 mil se o cliente incluir no
pacote um salão de eventos
com capacidade para mil pessoas e um palco.
(CR e FF)
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