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Alta da Selic deve encarecer mais os juros ao consumidor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Especialistas em finanças
alertam de que um novo aumento dos juros básicos (Selic),
na próxima semana, deverá
provocar elevação da taxa para
o consumidor final. Em abril,
apesar de o Copom ter elevado
os juros de 11,25% para 11,75%,
o custo de empréstimo para
pessoas físicas e empresas caiu
ligeiramente, por causa da redução do "spread" bancário.
Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC,
disse que em maio os juros dos
empréstimos irão acompanhar
o custo de captação dos bancos
no mercado financeiro. Questionado, ele evitou dizer se isso
vai significar elevação das taxas
para os consumidores, mas admitiu que nas primeiras duas
semanas do mês o aumento do
custo dos empréstimos já foi
verificado para empresas e no
cheque especial.
Em abril, os juros do cheque
especial voltaram a subir, para
153% ao ano, a taxa mais alta
desde agosto de 2003. Em janeiro, a taxa cobrada era de
145,5%. Os especialistas alertam aos consumidores de que o
cheque especial e o financiamento de cartões de crédito são
as piores alternativas de empréstimos disponíveis e só devem ser usados em caso de
emergência.
Nelson de Sousa, professor
de finanças do Ibmec, crê que o
BC vá elevar a Selic a 13% neste
ano e o custo de empréstimos
para consumidores e empresas
deve subir com os juros básicos.
"As taxas ao consumidor e para
empresas devem crescer, principalmente para aquelas que
não são prefixadas", disse. Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC, concorda. Ele lembra que as taxas de juros futuros estão em alta, o que indica
novo aumento do custo para
clientes dos bancos nos próximos meses.
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