São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

VOLUME NUNCA VISTO
Pelo menos 10 milhões de sacas de café já foram vendidas antecipadamente. A emissão de CPRs (Cédula de Produto Rural) pelos produtores nunca foi tão elevada como neste ano, o que é bom para o mercado.

PREÇO MELHOR
Guilherme Braga, do Cecafé, diz que essa antecipação de vendas traz benefício duplo para o produtor. Primeiro, com a venda antecipada, ele conseguiu preço melhor. Segundo, o vencimento dessas CPRs se distribuem por todo o segundo semestre, o que diminui a concentração de oferta logo no início da safra.

TAMANHO DA SAFRA
Uma das grandes discussões no setor de café é o verdadeiro tamanho da safra. Uma variação de 10% não seria problema em outro país, mas no Brasil sim, devido ao tamanho da produção. Esses 10% a mais das projeções atuais elevariam a safra para um volume próximo de 50 milhões de sacas.

"VÃO DESAPARECER"
Braga diz que safra próxima de 50 milhões de sacas não seria grande problema ao país. De 44 milhões a 45 milhões de sacas vão desaparecer entre o crescente consumo interno e as exportações. O restante seria reposição de estoques.

MOMENTO BOM
Para Eduardo Carvalhaes, o importante é que o momento do café é bom. O consumo está aumentando, a qualidade do produto cresce, o jovem está vindo para o café e as redes de cafeterias se expandem.

RAÍZES NIPÔNICAS...
Alcachofra, batata-doce, alface americana, uva Rubi, algodão, pimenta-do-reino e gengibre são exemplos de culturas introduzidas no Brasil por imigrantes japoneses. No centenário da imigração japonesa, o resgate histórico é do assessor da Ocesp, Américo Utumi, que participou da diretoria da maior cooperativa da América Latina fundada por nipônicos em 1927 -a CAC (Cooperativa Agrícola de Cotia).

...EM SÃO PAULO
A CAC, que chegou a ter 16 mil associados, introduziu a alface americana no cardápio brasileiro, com sementes entregues pelo McDonald's na década de 70. Os imigrantes japoneses formaram várias cooperativas agrícolas no Estado. As mais recentes registradas na Ocesp são a SP Flores e a Cooperovos, de Mogi das Cruzes, e a Caisp, de Ibiúna.

ARROZ EM QUEDA
Após sucessivas altas, o preço do arroz voltou a cair ontem nas cooperativas do Sul do país. O tipo agulhinha em casca atingiu seu menor valor em Uruguaiana, sendo negociado a R$ 33,25. Na média, ficou em R$ 33,80. Os leilões influenciaram no mercado e ajudaram nas quedas. Ontem, o recuo foi de 3,1%.


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