São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 2006

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TAM alcança quase metade de "market share" no mercado doméstico em junho

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

No mês em que a Varig cancelou boa parte de seus vôos, a TAM alcançou uma participação de quase metade do mercado doméstico. Até o dia 22 deste mês, a companhia chegou a 47,7% de "market share", segundo dados do consultor Paulo Bittencourt Sampaio.
Em maio, a participação da TAM era de 45,6% do mercado. A Varig caiu de 14,4% no mês passado para 12,8% nos primeiros 20 dias do mês. De acordo com Sampaio, a expectativa é que a companhia chegue ao final de junho com no máximo 10% do mercado, devido aos cancelamentos de vôos e suspensão de algumas linhas.
"A TAM cresceu mesmo não aumentando tanto sua oferta. Acredito que ela esteja fazendo muitos vôos extras por causa da Varig", diz o consultor. Neste mês, até o dia 22, a Gol teve 33,3% do mercado doméstico, ante 33,6% em maio.
TAM e Gol, nessas primeiras semanas de junho, decolaram com 78% dos seus assentos ocupados. A taxa de ocupação da Varig foi de 65%. "Se a Varig fechar, vai haver um transtorno sério, que pode se agravar no mês que vem, de férias escolares. Essa taxa de ocupação de TAM e Gol mostra que há vários segmentos das linhas voadas por ambas com ocupação superior a 100%. Houve estrangulamentos visíveis na rede."
Com os cancelamentos da Varig, as empresas concorrentes vêm anunciando ampliação de seus vôos e aviões em operação. A Gol anunciou que, desde ontem, ampliou de 500 para 530 o seu número de pousos e decolagens por dia. Isso ocorreu porque a companhia incorporou a 49ª e 50ª aeronaves à sua frota. A Gol informou também que acrescentará à sua frota em 2006 dois aviões Boeing-737/700, mais um 737/700 em 2007 e outro avião do mesmo modelo em 2008.
Já a OceanAir, que atualmente voa com três aviões Fokker-100, anunciou que, a partir da próxima quarta-feira, colocará outras três aeronaves do mesmo modelo em operação.
Já a TAM informou que no dia 17 do próximo mês iniciará vôos para Boa Vista, em Roraima. Quando isso ocorrer, a empresa passará a voar para 25 capitais, de um total de 26. "Para a TAM é uma questão de prestígio voar para todas as capitais. Gol e TAM estão com uma malha cada vez mais parecida. Como a Gol está com uma frota maior, consegue fazer vôos mais diretos", diz Sampaio.


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