São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 2006

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Temor de juro mais elevado afeta Bolsas pelo mundo

Bovespa caiu 0,74%; BC dos EUA fixa nova taxa amanhã

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Atenta ao cenário externo, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou seu pregão de ontem em baixa de 0,74%. Com a proximidade da reunião do Fed, o banco central dos Estados Unidos, a tendência é o dia ser novamente negativo hoje.
As Bolsas de Valores caíram ontem nas principais praças financeiras. Muito se falou ontem sobre a possibilidade de o Fed elevar, em sua reunião que termina amanhã, a taxa básica americana em 0,50 ponto -e não em 0,25 ponto percentual, como é o consenso do mercado.
Dados divulgados ontem sobre a confiança do consumidor norte-americano e o mercado imobiliário do país foram interpretados como indicadores de que o Fed pode ser mais agressivo do que o esperado.
Os juros norte-americanos estão em 5% anuais. Além da elevação na taxa, o mercado está ansioso para conhecer a nota que o Fed emitirá após seu encontro, que pode trazer sinais sobre o futuro da política monetária dos Estados Unidos.
Declarações de Nicholas Garganas, integrante do conselho do Banco Central Europeu, de que há possibilidade de ser acelerado o ritmo de alta dos juros na região, no caso de haver novas pressões inflacionárias, também pesaram negativamente sobre o mercado.
Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 1,09%. A Bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 1,57%.
Na Europa, a Bolsa de Frankfurt recuou 1,01%; em Paris, a queda foi de 0,63%; em Londres, a retração foi de 0,51%.
A Bovespa chegou a subir 1,11% nos negócios da manhã, antes de o pregão ser fechado por quase três horas devido ao jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo. Na última hora de pregão, a Bolsa "colou" no mercado internacional e não evitou as perdas.
Com o pregão mais curto, foi negociado apenas R$ 1,19 bilhão em ações, cerca da metade da média diária de 2006.
O dólar oscilou pouco e terminou as operações em alta de 0,27%, vendido a R$ 2,238.

Piora turca
Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor's revisou a perspectiva do "rating" (nota de risco) da Turquia de "positiva" para "estável". Motivo da revisão: as estimativas para os fundamentos econômicos no país estão se deteriorando.


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