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Temor de juro mais elevado afeta Bolsas pelo mundo
Bovespa caiu 0,74%; BC dos EUA fixa nova taxa amanhã
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Atenta ao cenário externo, a
Bolsa de Valores de São Paulo
encerrou seu pregão de ontem
em baixa de 0,74%. Com a proximidade da reunião do Fed, o
banco central dos Estados Unidos, a tendência é o dia ser novamente negativo hoje.
As Bolsas de Valores caíram
ontem nas principais praças financeiras. Muito se falou ontem sobre a possibilidade de o
Fed elevar, em sua reunião que
termina amanhã, a taxa básica
americana em 0,50 ponto -e
não em 0,25 ponto percentual,
como é o consenso do mercado.
Dados divulgados ontem sobre a confiança do consumidor
norte-americano e o mercado
imobiliário do país foram interpretados como indicadores de
que o Fed pode ser mais agressivo do que o esperado.
Os juros norte-americanos
estão em 5% anuais. Além da
elevação na taxa, o mercado está ansioso para conhecer a nota
que o Fed emitirá após seu encontro, que pode trazer sinais
sobre o futuro da política monetária dos Estados Unidos.
Declarações de Nicholas
Garganas, integrante do conselho do Banco Central Europeu,
de que há possibilidade de ser
acelerado o ritmo de alta dos
juros na região, no caso de haver novas pressões inflacionárias, também pesaram negativamente sobre o mercado.
Em Nova York, o índice Dow
Jones caiu 1,09%. A Bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 1,57%.
Na Europa, a Bolsa de Frankfurt recuou 1,01%; em Paris, a
queda foi de 0,63%; em Londres, a retração foi de 0,51%.
A Bovespa chegou a subir
1,11% nos negócios da manhã,
antes de o pregão ser fechado
por quase três horas devido ao
jogo da seleção brasileira na
Copa do Mundo. Na última hora de pregão, a Bolsa "colou" no
mercado internacional e não
evitou as perdas.
Com o pregão mais curto, foi
negociado apenas R$ 1,19 bilhão em ações, cerca da metade
da média diária de 2006.
O dólar oscilou pouco e terminou as operações em alta de
0,27%, vendido a R$ 2,238.
Piora turca
Ontem, a agência de classificação de risco Standard &
Poor's revisou a perspectiva do
"rating" (nota de risco) da Turquia de "positiva" para "estável". Motivo da revisão: as estimativas para os fundamentos
econômicos no país estão se deteriorando.
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