São Paulo, sábado, 28 de junho de 2008

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Restituição de impostos nos EUA impulsiona consumo em maio

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O programa de estímulo econômico nos Estados Unidos puxou o consumo para seu maior nível em seis meses, mas economistas já prevêem que as medidas terão efeito limitado, por conta do ambiente desfavorável para os gastos pessoais.
Segundo o Departamento de Comércio, o consumo das famílias teve acréscimo de 0,8%, o melhor resultado desde novembro passado.
O impulso deve-se ao acréscimo de 5,7% na renda dos americanos no mês passado, especialmente em razão da restituição de impostos. É o maior percentual desde 1975, quando o então presidente, Gerald Ford, também combatia uma crise econômica com programas de estímulos.
A restituição aos contribuintes norte-americanos injetou na economia US$ 48,1 bilhões no mês passado. O governo prevê uma devolução de US$ 106,7 bilhões até meados de julho.
Uma vez que o consumo responde por dois terços da atividade econômica nos EUA, analistas acreditam que o resultado deverá garantir um melhor desempenho da economia no período entre maio e junho. Porém, dizem, o efeito tende a ser minimizado no último trimestre do ano.
"Provavelmente, o estímulo [por conta da devolução de impostos] será temporário, à medida que os consumidores passem a se questionar sobre o crescente desemprego e o aumento nos preços da gasolina", afirmou o economista-chefe da Moody's Economy.com, Mark Zandi. "A preocupação é que, quando esse estímulo arrefecer, o consumidor irá enfrentar os mesmo problemas."


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