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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Brasil perde espaço para China na Argentina
O Brasil deixou de exportar
um volume de US$ 90 milhões
para a Argentina no primeiro
quadrimestre do ano pela substituição de produtos brasileiros
por chineses no país. Segundo
levantamento da Fiesp, a participação brasileira na pauta de
importação argentina está em
trajetória de queda enquanto a
China ganha mercado.
O efeito contrário, ou seja, a
substituição de importações
argentinas da China por produtos do Brasil, também ocorre,
mas em menor intensidade. O
cálculo da Fiesp é que o Brasil
"roubou" da China um volume
de exportações equivalente a
US$ 36,6 milhões.
No saldo final, no entanto, a
China levou uma vantagem de
US$ 52,3 milhões sobre o Brasil
no mercado argentino, apenas
no primeiro quadrimestre.
"A Argentina deixar de comprar do Brasil para negociar
com a China é um absurdo. É
inadmissível o desvio do comércio no âmbito do Mercosul", afirma o presidente da
Fiesp, Paulo Skaf.
A projeção da Fiesp é que o
"market share" das importações brasileiras sobre o total
das compras argentinas caia de
32,1% para 27,6% entre 2008 e
2009. Para os produtos chineses, a expectativa é de aumento
de 9,5% para 11,8% do total importado pelo país.
Segundo o estudo, a crise
econômica provocou uma queda de 35% na média mensal de
importação argentina neste
ano. No Brasil, o recuo superou
a média e, na China, ficou abaixo dela -retração de 44% e
32%, respectivamente.
O setor mais prejudicado por
esse deslocamento é a indústria, de acordo com a pesquisa.
A retração da importação argentina de produtos de origem
industrial foi de quase 40% para os brasileiros e de apenas 6%
para os chineses.
Entre os produtos que a China está ocupando o espaço do
Brasil no mercado argentino
estão calçados, borracha, têxteis e máquinas -setores em
que a Argentina impôs barreiras de entrada aos produtos
brasileiros.
Para a Fiesp, um dos motivos
que justifica a retração acima
da média das exportações brasileiras à Argentina é a demora
para a liberação dos produtos
na alfândega. Segundo a federação, o tempo de espera chega a
150 dias para alguns produtos.
A OMC estabelece como limite
de liberação de licenças de importação o prazo de 60 dias.
COSTURANDO A REDE
A Pronto!, empresa de imóveis prontos do Grupo Lopes,
começou a credenciar imobiliárias para expandir sua rede e
seu portfólio. Hoje, a empresa possui 26 unidades, incluindo
cinco parceiras credenciadas, mas quer chegar a cem até o
final do ano. "Com a parceria, nós podemos vender os imóveis da carteira das imobiliárias, e eles, da nossa. Com mais
produtos no portfólio e exposição maior, as vendas devem
crescer", afirma Lucas Penteado, diretor comercial e de novos negócios da Pronto!. Criada no final do ano passado, a
empresa teve uma queda nas vendas durante a crise, mas já
sente o mercado em recuperação. "O mercado de imóveis
prontos é o primeiro a se reaquecer." Hoje, a empresa tem
cerca de 15 mil imóveis em sua carteira, sem considerar os
parceiros.
ETH mantém investimentos mesmo com preço baixo do álcool
O preço deprimido do álcool
não vai atrapalhar os planos de
investimento da ETH, a empresa do setor sucroalcooleiro do
Grupo Odebrecht. A companhia prevê investir R$ 5 bilhões
para se tornar uma das dez
maiores empresas do mundo.
A afirmação é do presidente
da empresa, José Carlos Grubisich, ao comentar o fato de o litro do etanol estar sendo vendido por um preço de cerca de
R$ 1,10 na bomba, enquanto a
gasolina está em R$ 2,20.
Segundo ele, a vantagem da
ETH é estar com volume de
produção baixo, por iniciar as
operações agora. Mesmo assim,
toda a cana extraída está voltada para a produção do açúcar.
Para a próxima safra, quando
a ETH já estiver apresentando
uma produção mais significativa, a expectativa de Grubisich é
de recuperação dos preços do
etanol.
O preço baixo de hoje está
provocando um aumento de
25% no consumo do etanol, o
que vai se refletir no preço no
futuro. "O mercado é uma ferramenta poderosa de desenvolvimento", diz Grubisich.
INOVAÇÃO
O pacote a ser divulgado
amanhã pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve
incluir medidas do BNDES
de incentivo a projetos de
inovação.
NO CÉU
A TAM vai monitorar a
emissão de CO2 de suas aeronaves nas rotas de Londres,
Paris, Madri, Frankfurt e
Milão, para atender aos requisitos ambientais da
União Europeia. De acordo
com o presidente da companhia, David Barioni Neto, o
plano de monitoramento
deverá ser entregue para as
autoridades europeias no
mês de agosto.
NO FUNDO
O Banco do Brasil lança, a
partir de amanhã, outra opção de fundo de investimento, o BB Multimercado Capital Protegido IX, destinado a
investidores com aplicações
financeiras superiores a R$
300 mil. O valor mínimo de
aplicação é R$ 10 mil.
COPO CHEIO
A Brasil Brau 2009, maior
feira do setor cervejeiro do
país, recebeu um público
25% maior neste ano do que
na edição passada. A próxima edição, em 2011, está prevista para os dias 5 a 7 de julho, em São Paulo. O evento
já está com 43% do espaço
ocupado.
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