São Paulo, domingo, 28 de julho de 2002

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PAINEL S.A

No cofre
São estimados em R$ 15 bilhões os recursos do extinto FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais). Os valores continuam presos nos bancos.

Ansiedade
Os empresários da construção aguardam ansiosos a liberação dos recursos do FCVS, que já seriam suficientes para financiar a construção de 375 mil unidades habitacionais e dar uma boa aquecida no setor.

Substituto
A expectativa é que a proposta do Banco Central para liberar os valores do FCVS seja submetida ao Conselho Monetário Nacional ainda nesta semana. Os recursos podem compensar as perdas de recursos da poupança, que em 2001 financiou apenas 35.795 construções ou aquisições, contra um total de 64.869 em 1992.

Justificativa
Alguns fabricantes de papel higiênico colocaram na ponta do lápis os aumentos de custo com matérias-primas antes mesmo da alta do dólar nas últimas semanas. Entre os que mais encareceram neste ano estão celulose, 34,2%; embalagens flexíveis, 26%; energia elétrica, 17,5%; óleo combustível, 12%.

Carga...
O movimento de carga aérea nos terminais de exportação da Infraero subiu 10% no primeiro semestre deste ano. Cerca de 107 mil toneladas de mercadorias foram registradas até junho, contra 95 mil toneladas no mesmo período de 2001.

...pesada
Para a Infraero, o aumento é decorrente da redução de custos no setor da carga aérea e do melhor aparelhamento dos terminais. A expectativa é manter esse ritmo de crescimento até o fim do ano.

Antipirataria

Para combater a pirataria de perfumes e cosméticos importados, a Adipec, associação do setor, acaba de lançar um selo de segurança para a embalagem dos produtos. Os prejuízos com a pirataria são estimados em US$ 40 milhões por ano.
E-mail - guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Ao extremo

Mesmo se arrancar do FMI (Fundo Monetário Internacional) novos recursos para garantir o final do governo Fernando Henrique Cardoso, o Brasil só evitará o colapso no médio prazo se adotar o caminho de países como a Irlanda, diz o economista Sérgio Werlang. Para se adequar às metas econômicas definidas pelo Tratado de Maastricht, a Irlanda teve de obter superávits primários 5% acima do PIB por cinco anos seguidos. ""Precisamos de uma política de superávit de 5%, 6% do PIB por anos a fio, como eles fizeram", diz Werlang, para quem o governo gasta excessivamente. O economista lembra que os gastos não-financeiros (salários, investimentos) passaram de 28,5% do Orçamento em 1999 para 32% neste ano.


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