DA REPORTAGEM LOCAL

Só nesta semana 8.300 metalúrgicos de quatro montadoras estão em casa por conta de férias coletivas. Entre fevereiro e julho, pelo menos 24 mil funcionários de fábricas de veículos foram dispensados temporariamente para frear a produção, adequá-la ao mercado e reduzir os estoques. Até junho, 160 mil carros estavam nos pátios das montadoras.
Hoje, entram em férias coletivas cerca de 3.500 funcionários do complexo automotivo da GM (General Motors) em Gravataí (RS), onde é fabricado o Celta.
A unidade de Gravataí foi a última a adotar a dispensa temporária. Nas fábricas de São Caetano (ABC) e de São José dos Campos (SP), 6.000 dos cerca de 12,5 mil trabalhadores da GM tiveram férias coletivas entre junho e julho. Em São José, 600 operários terão seus contratos de trabalho suspensos (lay-off) -eles receberão parte do salário.
Na Volkswagen de Taubaté (SP), cerca de mil funcionários do terceiro turno também estão em férias coletivas desde a semana passada. Na Fiat (MG), cerca de mil metalúrgicos permanecem em férias coletivas até o dia 30 deste mês. A montadora também já havia dispensado parte dos operários em junho. No ABC paulista, 2.800 metalúrgicos da Ford também estão em coletivas até o dia 1º de agosto.
A partir de hoje, 450 dos 900 funcionários da fábrica de produtos eletroeletrônicos LG, em Taubaté (SP), entrarão em férias coletivas de 20 dias, o dobro de período inicialmente determinado.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, a duplicação do período de férias foi a maneira encontrada de tentar reduzir o estoque da unidade, que está no limite máximo devido a queda nas vendas no setor. (CR)