São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 2006

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Investidor já prevê juro sem corte em agosto

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A ata do Copom não chegou a surpreender positivamente o mercado financeiro. O documento elaborado pelos diretores do Banco Central mostrou que o Copom (Comitê de Política Monetária) está cauteloso e deve diminuir o ritmo de redução da taxa básica da economia. Alguns contavam com a possibilidade de a ata ser mais animadora.
No pregão da BM&F, o número de contratos DI negociados quase dobrou, chegando a 1,17 milhão de papéis, com as taxas subindo nos vencimentos mais longos. No DI -que mostra as projeções para os juros futuros- com vencimento em setembro, a taxa foi de 14,51% para 14,53%.
Isso indica que há investidores que apostam na manutenção da Selic na reunião do Copom do próximo mês. Há também uma parcela do mercado que espera, no máximo, uma redução de 0,25 ponto na taxa. Na semana passada, os juros básicos da economia foram cortados de 15,25% para 14,75% anuais.
No DI que tem vencimento na virada do ano, a taxa subiu de 14,37% para 14,42%.
Para a LCA Consultores, a ata "trouxe poucas mudanças de redação", que mostram que o Banco Central "está disposto a desacelerar o ritmo de flexibilização monetária daqui por diante".
Mesmo com o cenário menos favorável para a queda futura dos juros, a Bolsa de Valores de São Paulo terminou seu pregão com uma valorização de 0,80%.
As ações da Abyara Planejamento Imobiliário estrearam ontem no Novo Mercado da Bolsa. A ação ordinária da empresa fechou estável.
Como o pacote cambial anunciado pelo governo anteontem não trouxe novidades para os investidores, o dólar terminou as operações de ontem praticamente estável, a R$ 2,192.


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