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Commodities desaceleram e levam IGP-M à menor alta desde abril
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços ao
Mercado), usado nos reajustes
de contratos de aluguel, recuou
de 0,75% em junho para 0,18%
em julho, menor alta desde
abril. O comportamento dos
preços foi ditado pela desaceleração de produtos como soja e
cana-de-açúcar e pela queda de
metais e insumos industriais.
A taxa ficou abaixo das previsões de analistas. De acordo
com o último Relatório de Mercado, organizado pelo Banco
Central, a expectativa era uma
alta de 0,36%. Segundo Salomão Quadros, coordenador de
Análises Econômicas da FGV
(Fundação Getulio Vargas), a
taxa pode voltar a subir com repasses de preços de alimentos
(principalmente "in natura")
para o varejo ou com o início da
entressafra da carne. "O percentual de 0,18% é compatível
com uma taxa anual de 2%, o
que não é o caso do Brasil, mas
não existem fatores fortes de
pressão no índice", disse.
Os preços no atacado foram
de 1,11% para 0,21%. Os agrícolas recuaram de 1,80% em junho para 0,34% em julho.
Os metais foram destaque de
queda nos produtos industriais. Após meses de alta, com
o aquecimento da economia
chinesa, as commodities começaram a corrigir os preços. Os
metais não-ferrosos passaram
de 8,26% para -4,26%. No ano,
eles acumulam alta de 20,16%.
No varejo, o movimento foi
de aceleração: a taxa foi de
-0,44% a -0,08%, influenciada
pelos alimentos. Frutas, arroz e
feijão pressionaram mais. Os
transportes também pressionaram. A taxa para o consumidor só não foi maior por conta
do desempenho do grupo habitação (-0,01%).
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