São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 2006

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Commodities desaceleram e levam IGP-M à menor alta desde abril

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado), usado nos reajustes de contratos de aluguel, recuou de 0,75% em junho para 0,18% em julho, menor alta desde abril. O comportamento dos preços foi ditado pela desaceleração de produtos como soja e cana-de-açúcar e pela queda de metais e insumos industriais.
A taxa ficou abaixo das previsões de analistas. De acordo com o último Relatório de Mercado, organizado pelo Banco Central, a expectativa era uma alta de 0,36%. Segundo Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV (Fundação Getulio Vargas), a taxa pode voltar a subir com repasses de preços de alimentos (principalmente "in natura") para o varejo ou com o início da entressafra da carne. "O percentual de 0,18% é compatível com uma taxa anual de 2%, o que não é o caso do Brasil, mas não existem fatores fortes de pressão no índice", disse.
Os preços no atacado foram de 1,11% para 0,21%. Os agrícolas recuaram de 1,80% em junho para 0,34% em julho.
Os metais foram destaque de queda nos produtos industriais. Após meses de alta, com o aquecimento da economia chinesa, as commodities começaram a corrigir os preços. Os metais não-ferrosos passaram de 8,26% para -4,26%. No ano, eles acumulam alta de 20,16%.
No varejo, o movimento foi de aceleração: a taxa foi de -0,44% a -0,08%, influenciada pelos alimentos. Frutas, arroz e feijão pressionaram mais. Os transportes também pressionaram. A taxa para o consumidor só não foi maior por conta do desempenho do grupo habitação (-0,01%).


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