São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 2006

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INDÚSTRIA

CNI vê recuperação de grandes e pequenas ainda emperradas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As grandes empresas vêm se recuperando, enquanto as pequenas e médias observam vendas e faturamento cair nos últimos meses. A conclusão faz parte da Sondagem Industrial do segundo trimestre, divulgada ontem pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Os principais problemas para as pequenas empresas têm sido a valorização do real -afastando do horizonte as exportações e trazendo competição de itens importados-, as taxas de juros -que ainda não refletem as reduções da Selic- e o crescimento tímido da economia. "As pequenas empresas não conseguem segurar quando a economia cresce pouco. O número de empresas exportadoras só vem caindo por isso", afirmou Renato da Fonseca, gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI.
A indústria apresentou números titubeantes: por seis trimestres seguidos, o faturamento caiu e somente cinco (álcool, farmacêutico, máquinas e materiais elétricos, equipamentos de transporte e refino de petróleo) dos 26 setores analisados no estudo da CNI aumentaram a produção.
Mesmo assim, a expectativa permanece em alta. Só as pequenas e médias empresas estimam reduzir o número de empregados. Mas, assim como as grandes, elas também apostam em um maior faturamento e em compra de matéria-prima.
O terceiro e quarto trimestres, quando geralmente há impulso nas vendas, não deve desafogar o setor, pois voltou a ser registrado crescimento dos estoques. Neste cenário, vende-se primeiro o produto em estoque para depois aquecer a produção, adiando o impacto das vendas no faturamento.


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