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Disputa trava decisão sobre fusão bancária
DA REPORTAGEM LOCAL
O Cade trava uma disputa com a AGU (Advocacia
Geral da União) para continuar decidindo sobre negócios envolvendo instituições financeiras. A controvérsia está parada no
STJ (Superior Tribunal de
Justiça) e vai atrasar a
análise da compra da Nossa Caixa pelo Banco do
Brasil e da fusão entre o
Itaú e o Unibanco.
Isso porque o Cade agora terá de fazer o trabalho
da Seae (Secretaria de
Acompanhamento Econômico), órgão vinculado ao
Ministério da Fazenda.
Segundo Arthur Badin,
presidente do Cade, a Seae
está impedida por um parecer da AGU de preparar
as análises sobre negócios
(fusões e aquisições) entre
instituições financeiras.
"O Cade tem o abacaxi
nas mãos, mas não tem
mais a faca para poder descascá-lo", diz Badin. "Vamos demorar porque não
temos uma estrutura para
fazer esse trabalho."
Embora o caso esteja
parado no STJ, uma decisão favorável concedida
pelo Tribunal Regional
Federal, de Brasília, permite que o Cade continue
atuando sobre o setor.
"Mas, caso a gente decida sobre qualquer operação e o STJ nos tire a competência, as decisões perdem a validade", diz Badin.
"Estamos no pior dos
mundos. O TRF disse que
o Cade não pode bater
continência ao presidente
da República pela AGU e,
quando essa questão foi
para o STJ, ela interveio
pedindo que o STJ não julgasse [desde então o caso
está parado]. Prefiro que o
STJ julgue contra o Cade a
ficar nesse impasse."
(JW e FF)
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