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MERCADO FINANCEIRO
Leilão do BNDES tem êxito; BC reduz juros
da Reportagem Local
O lançamento no mercado de
São Paulo e do Rio de 1,5 bilhão de
opções de venda do recibo de Telebrás, ontem, pelo BNDES, foi
um sucesso, com procura maior
do que a oferta. O Banco Central
interveio novamente no mercado
de juros do dia-a-dia, o over, e tomou dinheiro a 20,10% ao ano,
contra 20,20% na sexta-feira.
A Bolsa de Valores de São Paulo
abriu pessimista com a queda no
Japão e seguiu as altas e baixas de
Wall Street. No final do dia, se recuperou e fechou quase estável,
com desvalorização de 0,1%. O índice Dow Jones, das ações mais
negociadas na Bolsa de Nova
York, subiu 1,02% com as perspectivas de lucros maiores.
Em São Paulo, Telebrás PN (sem
direito a voto) fechou em alta de
0,66% e Telebrás ON (com direito
a voto), de 0,98%. Derrubaram o
índice Bovespa as ações da Petrobrás PN (queda de 0,76%) e Telesp
PN (queda de 0,68%).
O BNDES conseguiu pegar, no
primeiro lote de opção de venda
do recibo da Telebrás, o preço de
R$ 144,05 por lote de mil e a procura foi tanta que, no último lote,
o preço chegou a R$ 148 em São
Paulo e R$ 149 no Rio.
Quem comprou opções de venda
do recibo de Telebrás adquiriu o
direito de vender o recibo (clone
do que é a ação da Telebrás hoje)
daqui a um ano.
Uma corretora que adquiriu
grande lote de opções teve de vender ontem pela manhã muitas
ações da Telebrás, quando o preço
dos papéis estavam caindo. Como
essa corretora não conseguiu
comprar todas as opções que queria, acabou tendo de recomprar as
ações de Telebrás à tarde, quando
o preço subia. Perdeu dinheiro.
A maior parte das opções foi
vendida a investidores estrangeiros, segundo avalia o mercado.
Um bom indicador disso é que o
total de recursos movimentados
em ADRs de Telebrás (ações da
empresa negociados em Nova
York) chegou a R$ 624 milhões,
contra volume total de R$ 683,35
milhões na Bolsa de São Paulo.
O Banco Central conseguiu derrubar os juros no over e nos mercados futuros com sua atuação.
Mas o dólar comercial continuou
pressionado e se afastou mais do
piso da minibanda.
Hoje, o Tesouro vende papéis
pós-fixados (3 milhões com vencimento em março e abril) e 500 mil
notas de correção cambial.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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