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Começam as
negociações para
vendas natalinas
DA REPORTAGEM LOCAL
Começaram as negociações
das lojas com a indústria para a
compra de mercadorias a serem vendidas no Natal. Os contratos com importadores já estão fechados e há um ligeiro aumento na quantidade solicitada. Os acordos com fabricantes
nacionais, no entanto, não foram finalizados ainda. Isso deve ocorrer em setembro.
As redes avisam que a possibilidade de aumento nos preços da indústria, na tentativa de
elevar os resultados caso o consumo cresça, está descartada.
"Já avisamos que isso não pode acontecer. Aumentar margem de lucro porque a demanda cresceu de repente é atitude
que não pretendemos aceitar",
disse Gildásio Nascimento, diretor da rede Carrefour.
Há cerca de um ano, algumas
indústrias de alimentos decidiram repassar eventuais aumentos nos custos -por conta
da valorização do dólar- aos
preços. Isso porque preferiram
garantir rentabilidade, e mexer
nas tabelas de preços, mesmo
que perdessem consumidores.
Isso ocorreu num momento
de renda em queda e retração
no consumo. Agora, com a
possibilidade de demanda em
expansão a partir deste semestre, a indústria tentará manter a
rentabilidade novamente. Mas,
nesse caso, pode repetir a tática
do ano passado: vender pouco,
mas com margem de lucro alta.
Quando a demanda cresce a
tendência é contrária: empresas preferem, historicamente,
ganhar no volume. Podem até
reduzir a margem vendendo
uma quantidade maior de mercadorias.
"A idéia tem de ser essa. Ganhar mercado com margens
menores em cima de volumes
maiores de venda", diz o diretor.
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