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Redes dizem não aceitar novo reajuste
DA REPORTAGEM LOCAL
A possibilidade de a indústria
aproveitar um possível aumento
na demanda para elevar preços
está descartada. A Folha apurou
que há empresas de alimentos
questionando o fato com alguns
supermercados.
Grandes redes dizem que pretendem barrar essa tentativa, caso
exista uma exigência.
"Já avisamos que isso não pode
acontecer. Aumentar margem de
lucro porque a demanda cresceu
de repente é atitude que não pretendemos aceitar", afirmou Gildásio Nascimento, diretor da rede
de supermercados Carrefour.
Há cerca de um ano, algumas
indústrias de alimentos decidiram repassar eventuais aumentos
nos custos -por conta da valorização do dólar- aos preços. Isso
porque preferiram garantir rentabilidade, mesmo que fossem perder consumidores.
O fato ocorreu num momento
de renda em queda e retração no
consumo. Agora, com a possibilidade de a demanda crescer a partir deste semestre com o reaquecimento da economia, a indústria
tentará manter a rentabilidade
novamente. Mas, nesse caso, pode repetir a tática do ano passado:
vender pouco, mas com margem
de lucro alta.
Redução na margem
Quando a demanda aumenta, a
tendência é contrária: companhias preferem, historicamente,
ganhar no volume. Podem até reduzir a margem de lucro ao vender uma quantidade maior de
mercadorias.
"A idéia tem de ser essa. Ganhar
mercado com margens menores
em cima de volumes maiores de
venda", diz o Nascimento.
Natal
Começaram as negociações das
lojas, como Pão de Açúcar e Carrefour, para a compra de mercadorias a serem vendidas no Natal.
Os contratos com importadores
já estão fechados e há um ligeiro
aumento na quantidade solicitada. Os acordos com fabricantes
nacionais, no entanto, não foram
finalizados ainda. Isso deve ocorrer em setembro.
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