São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2005

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Viva-voz resiste na BM&F apesar da tecnologia

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de a figura do operador de pregão viva-voz estar com os dias contados na Bovespa, na outra grande Bolsa do país, a BM&F, a história é um pouco diferente.
Quase vizinha da Bolsa de Valores, no centro da cidade de São Paulo, a BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) ainda proporciona a cena com centenas de operadores se acotovelando e gritando na tentativa de fechar os melhores negócios para seus clientes todos os dias.
Masato Hishijima é um desses profissionais. Um dos operadores de pregão mais antigos da BM&F, há 16 anos ele ganha a vida literalmente no grito.
"Muito tem se falado nos últimos anos sobre o fim do pregão viva-voz em todos os mercados [como acontece agora na Bovespa]. Mas o que sei é que, desde quando comecei até hoje, é no grito que faço minha rotina", conta o operador de pregão.
Hishijima trabalha na roda em que são negociados contratos de dólar futuro na BM&F. Além dessa, existem outras rodas -de contratos de juros, de Ibovespa, de produtos agrícolas.
No pregão viva-voz da BM&F, os operadores se reúnem e, de acordo com as ordens recebidas dos investidores, realizam negócios de compra ou de venda de contratos financeiros, agrícolas ou ações.
Para fechar esses negócios, ficam acenando com a mão e gritando o quanto pagam (ou o quanto querem receber) por um contrato.
O sinal feito com o braço indo do peito para a frente indica que o operador está vendendo algo. O movimento contrário indica quem está comprando -cenas que deixarão de fazer parte da rotina da Bovespa. (FV)


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