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Viva-voz resiste
na BM&F apesar
da tecnologia
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de a figura do operador
de pregão viva-voz estar com os
dias contados na Bovespa, na outra grande Bolsa do país, a BM&F,
a história é um pouco diferente.
Quase vizinha da Bolsa de Valores, no centro da cidade de São
Paulo, a BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) ainda proporciona a cena com centenas de
operadores se acotovelando e gritando na tentativa de fechar os
melhores negócios para seus
clientes todos os dias.
Masato Hishijima é um desses
profissionais. Um dos operadores
de pregão mais antigos da BM&F,
há 16 anos ele ganha a vida literalmente no grito.
"Muito tem se falado nos últimos anos sobre o fim do pregão
viva-voz em todos os mercados
[como acontece agora na Bovespa]. Mas o que sei é que, desde
quando comecei até hoje, é no grito que faço minha rotina", conta o
operador de pregão.
Hishijima trabalha na roda em
que são negociados contratos de
dólar futuro na BM&F. Além dessa, existem outras rodas -de
contratos de juros, de Ibovespa,
de produtos agrícolas.
No pregão viva-voz da BM&F,
os operadores se reúnem e, de
acordo com as ordens recebidas
dos investidores, realizam negócios de compra ou de venda de
contratos financeiros, agrícolas
ou ações.
Para fechar esses negócios, ficam acenando com a mão e gritando o quanto pagam (ou o
quanto querem receber) por um
contrato.
O sinal feito com o braço indo
do peito para a frente indica que o
operador está vendendo algo. O
movimento contrário indica
quem está comprando -cenas
que deixarão de fazer parte da rotina da Bovespa.
(FV)
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